Ourique: Seis anos de prisão por tentativa de homicídio em casa de alterne.


Tentativa de homicídio em casa de alterne, em Aldeia de Palheiros (Ourique) vale seis anos de prisão para o arguido, um homem de 42 anos, que tentou matar o dono do estabelecimento.

Foi condenado a seis anos de prisão em cúmulo jurídico, o indivíduo que na noite de 7 de junho do ano passado, entrou armado de caçadeira em punho disposto a matar o proprietário do “Marinel”, um bar de alterne, em Aldeia de Palheiros, concelho de Ourique.

Francisco Aniceto, de 42 anos, residente no Monte das Mestras, concelho de Almodôvar, foi condenado no Juízo Criminal de Beja, pelo crime de homicídio, na forma tentada, agravado, a 5 anos e 10 meses de prisão e o crime de uso e porte de arma sob o efeito do álcool, a 4 meses de prisão.

O arguido não aceitava que a mulher com quem manteve um relacionamento amoroso e havia terminado, continuasse a trabalhar no local, tendo assumido os factos de que estava acusado, rejeitando que tivesse a intenção de matar alguém, sustentando que “era só para assustar”, versão que não convenceu os magistrados.

Na noite dos crimes, o individuo deslocou-se de táxi até ao bar, entrou com uma caçadeira de calibre 12, de canos sobrepostos, desmontada dentro de um saco com roupa, para não ser detetada, ingeriu várias bebidas alcoólicas e deixou o bar. Já na rua, montou a arma, introduziu dois cartuchos e voltou a entrar no espaço.

À entrada estava Manuel Barros, o proprietário do bar a quem apontou a arma ao peito deste, dizendo “a ti mato-te já”. Foi a destreza da vítima que desviou o cano da caçadeira antes do disparo que o livrou da morte, já que a bala se foi alojar na parede. Seguiu-se um confronto, corpo a corpo, entre os dois homens tendo sido efetuado um segundo disparo para o telhado. Francisco abandonou o bar mas viria ser detido pela GNR, tendo sido sujeito ao teste de alcoolémia, acusando uma taxa de álcool no sangue de 2,09 g/l.

O arguido vai aguardar em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, o trânsito em julgado da pena de 6 anos de cadeia, que tem cumprimento efetivo.

Teixeira Correia

(jornalista


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