Defesa: Lei da Programação Militar vai disponibilizar 5.570 milhões de euros para 12 anos.


Ministra da Defesa esteve na BA11 na cerimónia dedespedida da Força Nacional Destacada para a missão “Sea Gaurdian 2023”, composta por 39 militares da Esquadra 601-“Lobos”, sediada na unidade bejense.

“Estou a aguardar o resultado da visita técnica que está acontecer e nos dará os dados para avaliar a realidade da situação. Antes disso será especulação e não vale a pena”, disse a ministra da Defesa a propósito do caso no NRP Mondego, da Marinha Portuguesa, atracado no porto do Caniçal, na Madeira.

Helena Carreiras, falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia militar na BA11, em Beja, e quando questionada sobre a situação justificou que “não é justo e não é bom generalizar situações pontuais que acontecem quanto ao estado de operacionalidade dos equipamentos e meios militares. Estamos a recuperar de défices antigos do passado”, concluiu. A ministra garantiu que “falo todos os dias com o General Gouveia e Melo e estou a receber informações sobre a situação, podendo acrescentar que o NRP Setúbal está a apoiar a guarnição do Mondego”, não fazendo comentário sobre as notícias que dão conta que os militares do navio estão sem água, luz e comida a bordo, rematando que “estamos a fazer todos os esforços pra evitar problemas e dificuldades”, concluiu.

Lei de Programação Militar

Helena Carreiras revelou que o documento que deu entrada na Assembleia da República “e há um reforço de verbas com um montante total de 5.570 milhões de euros para um período de 12 anos, com particular reflexo no primeiro quadriénio”, sustentando que “é um esforço muito significativo que complementa o Orçamento da Defesa para 2023. No ano passado tivemos uma execução de 73%, contra os 54% de 2021. Estamos gastar mais e melhor nos equipamentos das forças armadas”, rematou.

Meios aéreos do DECIR 2023

Questionada pelo JN sobre os meios aéreos a disponibilizar pela Força Aérea (FAP) para atuar do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), Helena Carreiras justificou que “a FAP participa neste esforço coletivo e estão assegurados a maioria dos meios e está a decorrer outro concurso para estarem todos os meios ao dispor da ANEPC”.

O General Cartaxo Alves, Chefe do Estado-Maior General da Força Aérea (CEMFA) completou que “vamos ter mais meios e equipas do que o ano passado. No tal serão 76 meios aéreos. Estão garantidos já 43 e num último concurso, a decorrer durante o mês de abril, vão ser assegurados os restantes com 33 helicópteros”, concluiu.

Processos judiciais contra instituições militares

A ministra foi ainda confrontada pelo JN com processos judiciais que deram entrada nos últimos dias no Tribunal Administrativo Central (TAC) de Lisboa, onde um grupo de 22 cidadãos exigem 239.571,45 euros à Marinha Portuguesa e dois processos da autoria da BFF Bank SPA, instituição que comprou dívidas a fornecedores, onde esta instituição exige 206.081,68 euros ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas, IP. Helena Carreiras foi lacónica na resposta: “há situações que estão em tribunal e vamos aguardar que a justiça faça o seu trabalho”, rematou.

A ministra da Defesa presidiu na BA11 à cerimónia de despedida da Força Nacional Destacada para a missão “Sea Gaurdian 2023”, composta por 39 militares da Esquadra 601-“Lobos”, com uma aeronave P-3C Cup+, para patrulhar o Mar Mediterrâneo, que vai decorrer de 15 de abril a 17 de maio.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg