Com um largo cadastro criminal, onde já foi condenado a um total de 19 anos de prisão, no julgamento o arguido não contestou a acusação nem mostrou qualquer arrependimento sobre os crimes cometidos.
António Martins, de 38 anos, conhecido como o “Terror de Pedrogão”, no concelho de Vidigueira, foi condenado por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja a 7 anos de prisão por 7 crimes de furto qualificado, 2 crimes de furto simples, 1 crime de dano simples e 2 crimes de introdução em local vedado ao público, todos cometidos na naquela aldeia alentejana onde residia.
Na única sessão do julgamento o arguido não contestou a acusação e as provas apresentadas contra si, marcada por uma total ausência de arrependimento ou censura.
O arguido foi detido em 20 de outubro de 2022, quando em pleno centro de Pedrogão, partiu o vidro do automóvel de Noémia Ramos, antiga comandante dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, e tentou furtar o autorrádio e um casaco avaliados em 1.000 euros, causando um prejuízo de 165 euros à proprietária do veículo. Quando se introduziu no interior do veículo, um popular que tinha sido alvo de furtos por parte do suspeito, trancou-o no interior e chamou a GNR que o deteve. Presente a tribunal o indivíduo ficou sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação, com vigilância eletrónica, mas em virtude de ter violado a mesma, um mês depois foi alterada para prisão preventiva.
O rol de crimes cometidos pelo individuo, e que que lhe valeu a alcunha de “Terror de Pedrogão” levou a que já tenha sido condenado a um total de 19 anos de prisão, tendo estado reclusão entre junho de 2012 e outubro de 2020, mas mal saiu do Estabelecimento Prisional de Beja (EPBeja) onde se encontra em prisão preventiva, voltou à criminalidade. Desde que voltou ao EPBeja o arguido tem apresentado um comportamento marcado por incidências disciplinares, cujos procedimentos internos decorrem.
Teixeira Correia
(jornalista)