Os furtos de azeitona lideram o número de apreensões de produtos agrícolas efetuados pela Guarda Nacional Republicana (GNR) no ano passado. O distrito de Beja foi onde foi recuperada a maior quantidade de azeitona futada, cerca de 40 toneladas.
Segundo os dados facultados pelo comando geral da Guarda foram reportados furtos de azeitona em cinco distritos do continente, que correspondem a um total de 44.221 quilos de produto apreendido, com Beja a liderar no número de apreensões efetuadas, com 39719 kg. Os outros distritos onde se verificaram furtos de azeitona são Castelo Branco (35 kg), Évora (3398Kg), Faro (107 kg) e Portalegre (962 kg).
Estas apreensões resultam da operação Campo Seguro levada a efeito por aquela força de segurança em todo o território nacional entre 26 de junho e dia 31 de dezembro de 2023. “A GNR intensificou o patrulhamento, fiscalização e sensibilização nas explorações agrícolas e florestais, em todo o território nacional, no intuito de prevenir a criminalidade em geral e os furtos em particular, bem como possíveis situações de tráfico de seres humanos”, informou fonte do comando geral.
Apenas no distrito de Bragança há registo de furto de castanha no ano passado, tendo sido apreendidos 797 kg. Em Faro foram apreendidos 1350 kg de alfarroba, que havia sido furtada. A GNR indica ainda duas apreensões de cortiça em Beja (710 kg) e Santarém (15 kg). De Pinha mansa apenas há reportes em Lisboa (234 kg) e Setúbal (102 kg). Em Faro houve ainda apreensão de 134 kg de abacate.
A GNR deu conta que foram ainda realizadas 3087 ações de patrulhamento e 1327 ações de fiscalização, culminando na detenção de 122 pessoas e na identificação de outras 299 maioritariamente por crimes de furto nas explorações agrícolas.
Segundo a mesma fonte, durante a operação, foram realizadas 3108 ações de informação e sensibilização dirigida a 13.892 pessoas, junto das comunidades rurais, em particular junto dos agricultores, sobre medidas de prevenção de ilícitos criminais, nomeadamente sobre furto de produtos agrícolas, furto de cobre e outros metais não preciosos, situações de exploração em contexto laboral relacionadas com o Tráfico de Seres Humanos (TSH) e ainda, para a utilização segura de veículos agrícolas e florestais.
