O septuagenário que, como o JN avançou, foi extraditado para Espanha na semana passada por pertencer a um cartel internacional que controlava o Aeroporto de Beja para introduzir grandes quantidades de cocaína na Europa.
Nesta terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) confirmou que uma investigação com mais de um ano, “incidiu sobre as atividades ilícitas de vários cidadãos nacionais e estrangeiros que integravam a componente nacional de apoio logístico” a uma organização criminosa, que “se preparava para introduzir grandes quantidades de droga no continente europeu, através de um aeroporto em Portugal, outro no Reino Unido e de portos espanhóis, contando, para o efeito, com o apoio de funcionários daquelas estruturas”.
“A Polícia Judiciária (PJ) e o Cuerpo Nacional de Policia, de Espanha, com o apoio da Europol, desenvolveram duas operações policiais, em ambos os países, que resultaram no desmantelamento de uma rede criminosa transnacional dedicada à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu e na qual foram detidos 25 cidadãos de diversas nacionalidades”, lê-se num comunicado.
Seis detidos em Portugal
Em Portugal, acrescenta a PJ, “a operação “FÓSSIL”, desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, traduziu-se na detenção de seis cidadãos, na realização de nove buscas domiciliárias e, ainda, na apreensão de vários bens, nomeadamente, cinco automóveis de gama alta, elevadas quantias de dinheiro em numerário, material informático, documentação e pequenas quantidades de droga e anabolizantes”.
“A investigação iniciou-se na sequência de troca de informação no quadro da cooperação policial internacional e permitiu desenvolver e fazer uso de diferentes ferramentas jurídicas, entre as quais um mandado de detenção europeu, que possibilitou à PJ, em estreita cooperação com as autoridades policiais do Reino de Espanha, proceder à detenção do principal responsável da estrutura logística que operava em território nacional que importava droga para o continente europeu”.
Com 71 anos e um vasto cadastro, o líder da célula é, salienta a PJ, “reconhecido policialmente, em termos internacionais, como sendo um “High Value Target”, ou seja, um suspeito de elevada relevância criminal no submundo do tráfico ilícito de estupefacientes”.
Em Espanha, no âmbito da mesma operação, ali apelidada de operação “NKONO-PORTO”, foram realizadas, no passado mês de outubro, diversas diligências que culminaram com a detenção de 19 cidadãos de diferentes nacionalidades, bem como na apreensão de cerca de 460 Kg de cocaína.
Notícia: Lidador Notícias/ Jornal de Notícias