A GNR e a Comunicação Social


Nesta sua primeira edição, faço votos para que este novo veículo de informação, que é o “Lidador Noticias”, tenha muito sucesso no futuro e que cumpra todos os objectivos a que se propõe.

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Rogério Copeto
Tenente-Coronel da GNR, Mestre em Direito e Segurança e Auditor de Segurança Interna.
Oficial de Comunicação e Relações Públicas (OCRP) da GNR de Évora.

 

O desempenho das funções de “Relações Públicas”[1] revestem-se de especial importância, em qualquer instituição, que tenha como objectivo o relacionamento com o público externo e interno, e se fizer um bom trabalho, então é porque os objectivos propostos foram atingidos e a imagem institucional foi bem transmitida, mas se assim não for, a imagem da instituição está colocada em causa, especialmente pelos públicos potenciadores de Opinião Pública, uma vez que trabalhar com a opinião é para o profissional de Relações Públicas uma das razões da sua presença no processo social das organizações.

Na GNR qualquer militar, seja em que função for, tem sempre como objectivo contribuir para a melhoria da imagem da GNR, de modo a aumentar o sentimento de segurança das populações que serve, constituindo-se por isso cada um dos homens e mulheres da GNR como um “Relações Públicas”.

É o Regulamento Geral do Serviço da Guarda Nacional Republicana (RGSGNR), que regula a “Comunicação e Relações Públicas”, e nele se prevê a existência da figura do Oficial de Comunicação e Relações Públicas (OCRP), que deve ser nomeado, sempre que possível, atendendo às características e perfil considerado adequado para o desempenho da sua função, nomeadamente ao nível curricular (formação profissional adequada) e pessoal (reconhecida capacidade de comunicação e imagem). Devendo ainda o OCRP ter perfeitos conhecimentos sobre a GNR e uma correcta noção da sua actividade e dos seus aspectos positivos e negativos.

Assim, e cumprindo-se os critérios atrás referido, na GNR é necessário existir alguém que dê execução à estratégia de comunicação definida superiormente, de modo a conseguir que o sentimento de segurança, percepcionado pela população, seja o mais próximo daquele que realmente existe, sendo por isso importante o OCRP de uma Unidade da GNR manter contactos com os Órgãos de Comunicação Social (OCS), com o objectivo de contribuir para a melhoria da imagem institucional e garantir uma correta gestão da comunicação, potenciando as notícias favoráveis e limitando as consequências das negativas.

Logo todos os contactos com os OCS devem sempre ser feitos com essa perspectiva, a de contribuir para a imagem da GNR e a de realizar uma correta gestão da comunicação, sabendo do direito por parte dos jornalistas de informar a população, e da GNR de contribuir para que essa informação seja isenta, correta e verdadeira.

Não raras vezes os conflitos de interesses acontecem, entre a GNR e os profissionais dos OCS, porque nem uns nem outros, entendem as funções do outro, esquecendo-se todos que têm como objectivo informar as populações que servem.

Daí advém a importância do trabalho do OCRP, que deve principalmente contribuir para que todos os profissionais dos OCS percebam que não estamos em lados opostos da barricada, mas sim no desempenho de diferentes funções, ambas com as suas especificidades, que têm o mesmo objectivo, que é a de informar as populações com verdade e honestidade, existindo de ambas as partes limites que não podem ser ultrapassados, sejam legais, deontológicos ou outros.

[1] O “Relações Públicas” pode ser um profissional, uma profissão, uma função ou uma técnica, tendo a profissão nascido da necessidade cada vez mais evidente das organizações em controlar a sua imagem institucional.


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