Alentejo: Empresa de restauração Solnave deixa cantinas do IEFP e não paga a funcionários.


Cerca de duas dezenas de trabalhadores das cantinas dos Centros de Formação do Instituto de Emprego e Formação profissional (IEFP) não receberam da Solnave, empresa concessionária até 31 de dezembro, todas as verbas a que tinham direito.

Solnave_800x800A Solnave, empresa do ramo da restauração, com sede em Cascais, concessionária de cantinas em diversas instituições do Estado e Públicas e autarquias, não pagou a vários funcionários, em locais onde não viu o contrato ser renovado, após o dia 31 de dezembro de 2015.

Entre as situações encontram-se cerca de duas dezenas de trabalhadores das cantinas dos Centros de Formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), de Évora, Santiago do Cacém, Aljustrel e Beja.

A empresa não viu renovada a concessão naqueles quatro centros e deixou por pagar o vencimento de dezembro e proporcionais de férias e subsídio de férias de 2015 e outras compensações. Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), quando terminou o contrato as verbas acordadas entre a empresa e o IEFP estavam liquidadas.

Face à insistência dos funcionários, já em janeiro a empresa liquidou o vencimento de dezembro, mas deixou o restante por liquidar, não tendo emitido o correspondente recibo.

Em 21 de dezembro do ano passado, a Solnave deu entrada de um Processo Especial de Revitalização (CIRE) e enviou uma carta aos funcionários para estes se constituírem como credores, com vista a encetar negociações para a revitalização da empresa.

Dos dados enviados ao administrador judicial, para reconhecimento dos créditos, há funcionários cujas verbas em dívida ultrapassam os dois mil euros.

Atualmente alguns dos funcionários, e como tem acontecido quando há uma mudança de empresa exploradora dos espaços, houve uma transição dos trabalhadores das cantinas, para a nova concessionária, sem interrupção laboral.

Os atraso nos pagamentos dos salários de dezembro e subsídio de Natal, não é uma situação inédita na Solnave. Em janeiro de 2014, os trabalhadores das cantinas dos centros de formação do IEFP do Porto e Bragança fizeram grave, pela falta de pagamento desses vencimentos.

O caso repetiu-se no início de 2015 quando os cerca de 50 trabalhadores das cantinas de três faculdades da Universidade de Lisboa, foram surpreendidos com o encerramento das mesmas.

Ao departamento operacional da Solnave foi enviado um mail com seis perguntas sobre a situação dos centros de formação do Alentejo, mas a empresa não prestou qualquer esclarecimento sobre o assunto.

Teixeira Correia

(jornalista)


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