A Direção e o Comando dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel (BVA) emitiram um comunicado conjunto onde “se manifestam descontentes com a distribuição de veículos” do Programa Mais Floresta PRR.
No documento é referido que passado dia 23 de fevereiro, no âmbito da Reunião Técnica Operacional do Distrito, o Corpo de Bombeiros de Aljustrel, tomou conhecimento da lista de atribuição de Veículos de Combate a Incêndios Florestais aos Corpos de Bombeiros do Distrito de Beja, no qual “a nossa Associação/Corpo de Bombeiros não foi contemplada, quando temos dois Veículos de Combate a Incêndios com 28 e 40 anos”.
“Recebemos esta decisão/noticia com surpresa, desânimo e um enorme sentimento de injustiça, pois ao preenchermos em sobra os requisitos determinados não compreendemos o porquê de tal deliberação. Ou não nos conhecem? Ou não sabem os meios que dispomos? Pois a sua idade elevada vai anulando a segurança/qualidade das suas missões e dos operacionais que nele operam”, justificam a Direção e o Comando dos BVA.
Analisados os critérios, estes definem que são elegíveis os Corpos de Bombeiros em que o rácio de veículos seja inferior a “um veículo de combate a incêndios florestais, por cada 3000ha de área de espaços florestais e silvestres”, e “os corpos de Bombeiros com viaturas com idade igual ou inferior a 20 anos” que estejam abaixo do rácio definido anterior. No que respeita à dotação do Corpo de Bombeiros este deve “assegurar 2 turnos para operacionalização dos veículos de combate a incêndios florestais e rurais, veículos tanque, florestais e rurais, todos dentro do tempo de vida útil, acrescida da dotação para uma ambulância de socorro e para um veículo de socorro para incêndios em estruturas ou desencarceramento”.
Assim, dizem a Direção e o Comando do BVA “considerando os critérios definidos pela ANEPC e nada, mesmo nada, tendo a opor contra aqueles que foram contemplados, entende a nossa Associação/Corpo de Bombeiros, que correspondemos na integra aos critérios definidos, não compreendendo assim, que regras foram tidas em conta para atribuição destes meios.”
Justificam que a Associação/Corpo de Bombeiros, “possui um Veículo Florestal de Combate a Incêndios que entrou ao serviço em 1994 e um Veículo Especial de Combate a Incêndios que entrou ao serviço no ano de 1982, ambos já fora do tempo de vida útil definido pela própria ANEPC (20 anos), o nosso quadro de pessoal está dotado de 61 operacionais voluntários dos quais, 22 são profissionais, suportados na íntegra pela nossa Associação”.
Pelo exposto, consideram que “a nossa Associação/Corpo de Bombeiros, manifesta-se determinantemente CONTRA a atribuição destes meios por não ter sido contemplada quando preenchia em sobra todos os requisitos e caso não seja dada uma resposta à nossa reivindicação fica colocada em causa a resposta operacional do Corpo de Bombeiros, nomeadamente, no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais de 2022”, concluem.