Beja: Autópsia de idosa, utente de lar de Santa Clara de Louredo, revela que morreu por afogamento.


Sem vestígios de crime. Autópsia de idosa utente de lar, revela que morreu por afogamento. No dia em que Ana Machado foi encontrada as primeira perícias da PJ deixaram antever o desfecho de “morte sem violência”.

Ana Machado, a mulher que foi encontrada sem vida na manhã de quarta-feira, na barragem do Monte das Quartelhas, em Santa Clara de Louredo, freguesia de Beja, morreu por afogamento, de acordo com o resultado da autopsia efetuado na manhã de sexta-feira no Gabinete Médico-Legal do Hospital da cidade alentejana.

Segundo apurou o LN, apesar de algumas marcas no corpo da vítima, nomeadamente no rosto, não existiam sinais de violência que levassem a Polícia Judiciária (PJ), que assistiu à autopsia, a investigar a existência de um homicídio.

Recorde-se que a idosa, de 83 anos, utente do Lar Nossa Senhora da Luz, foi vista pela última vez, cerca das 16,00 horas de segunda-feira, nas ruas da aldeia, depois de ter estado num convívio do 1º de Maio que decorreu na Escola Primária de Santa Clara de Louredo.

Quarenta e três horas depois Ana Machado foi encontrada sem vida num dos braços da barragem do Monte das Quartelhas, a quase dois quilómetros da localidade, numa ligação com um ribeiro.

Tal como o LN revelou na passada quinta-feira, inspetores da Diretoria de Faro da PJ foram chamados ao local, tendo concluído “não existir motivos para a validação de crime, depois de chamados pelos militares do NIC de Beja da GNR.

A direção do lar, que é gerido pela Congregação dos Irmãozinhos Franciscanos, recusa-se a prestar declarações sobre o desaparecimento e posterior morte da utente, cuja funeral se realizou no cemitério de Serpa, de onde era natural.

O LN apurou que há poucos meses atrás, outra utente foi procurada por toda a aldeia, sendo internamente dada como “desaparecida”, acabou por ser encontrada no dia seguinte, numa arrecadação de alimentos do lar. A mulher terá entrado no espaço sem que as funcionárias se tivessem apercebido do facto, tendo posteriormente fechado a porta à chave. Na manhã seguinte ao abrirem a arrecadação lá estava a mulher. Uma situação que terá sido abafada pela instituição.

Teixeira Correia

(jornalista)


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