Beja: Biblioteca recebe seminário sobre acessibilidades no Baixo Alentejo.
Autarquia discute o diagnóstico das acessibilidades e perspectiva os desafios com vista ao futuro.
“Não peço nenhuma estrada nova para Beja e o seu concelho. O que peço ao Estado, ao Governo, é que tenha a capacidade de melhorar aquelas que existem”, disse esta manhã o presidente da Câmara Municipal de Beja, na sessão de abertura do seminário “Acessibilidade no Baixo Alentejo”, que decorre ao longo desta quinta-feira na Biblioteca José Saramago, em Beja.
Paulo Arsénio, justificou e reivindicou que “é altura do concelho de Beja ter o retorno do investimento público, porque este tem contribuído e muito para as exportações portuguesas”, concluiu.
O edil socialista, que liderada a autarquia bejense desde o passado mês de outubro de 2017, sustentou que a Câmara de Beja “olha para o seu próprio umbigo”, ao reconhecer que as acessibilidades rodoviárias no município, “estão longe de garantir uma coesão interterritorial no nosso próprio concelho”, rematou.
Paulo Arsénio, revelou que a autarquia “vai fazer um grande esforço para melhorar as vias do concelho”, acrescentando que nos próximos dois anos “vão ser investidos 3 milhões de euros que não comparticipados por Fundos Comunitários”, concluiu.
O seminário debate temas como: “A importância das acessibilidades na perspetiva do desenvolvient0, “Portugal 2020 e os novos modelos de gestão da mobilidade e um tema mais local “As grandes obras: o aeroporto de Beja, o IP8 e o caminho-de-ferro”.
Para o autarca “é necessário acrescentar as reivindicações populares, justas diga-se” para que junto do Poder Central “possamos exigir que no Portugal 2030 os eixos fundamentais não fiquem excluídos”, justificou.
Sobre o seminário Paulo Arsénio acrescentou que “será feita uma ata, com um bom caderno de encargos para entregar ao Poder Central, para que nos oiçam e apoiem”, rematou.
Para o final do encontro estava prevista uma visita ao denominado aeroporto de Beja, que tecnicamente é um Terminal Civil, dependente das infraestruturas da Base Aérea 11, nomeadamente, pistas, radar e bombeiros, mas teve que ser desmarcado já que a ANA-Aeroportos justificou que à provável hora da visita de cerca de 80 pessoas, haveria um dos voos turísticos que têm ocorrido nos últimos dias e o “espaço da gare aeroportuária seria curto para tanta confusão”, sugerindo a antecipação da mesma, o que levou a autarquia a anular a visita.
Teixeira Correia
(jornalista)