“Arrogante” é como a Federação de Bombeiros do Distrito de Beja apelida o Comandante Nacional da Proteção Civil, depois de voltar a deixar as corporações do Distrito de Beja fora do combate ao incêndio de Proença-a-Nova.
O Comando Nacional da Proteção Civil, liderado pelo General Duarte Costa, voltou a ignorar as 15 corporações de bombeiros do Distrito de Beja para as operações de combate a outro grande incêndio depois de no passado dia 6 de julho não terem sido convocados para combater um incêndio, no concelho de Silves, em São Marcos da Serra.
Através da Federação de Bombeiros do Distrito de Beja (FBDB), os Corpos de Bombeiros do Distrito de Beja voltaram a expressar publicamente a sua indignação pela atitude de Duarte Costa.
Ao Jornal de Notícias (JN), o vice-presidente da FBDB, António Piteira, mostrou a insatisfação dos operacionais do Baixo Alentejo: “Os 750 bombeiros do distrito de Beja estão indignados por não terem sido chamados para o fogo de Proença-a-Nova”.
Piteira, acusa o comandante nacional, Duarte Costa, de ignorar os bombeiros do distrito após a Federação o ter confrontado por uma situação idêntica em julho. “Reagiu de uma forma arrogante e voltou a manifestá-lo com esta atitude”. A Autoridade Nacional de Proteção Civil não respondeu ao JN em tempo útil.
Depois da revolta pública dos comandantes dos Corpos de Bombeiros do Distrito de Beja, que fizeram saber à Liga Portuguesa de Bombeiros (LPB) do seu desagrado por não terem sido mobilizados para incêndio em São Marcos da Serra, no início de agosto, o General Duarte Costa, voltou a provocar e a ignorar aqueles.
No funeral Carlos Carvalho, bombeiro de Cuba, que decorreu em Vila Alva, comandante Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), não cumprimentou os comandantes das quinze corporações do distrito de Beja presentes na cerimónia.
Aquando do primeiro choque entre Duarte Costa e os comandantes dos Corpos de Bombeiros, no documento que a LPB enviou a Proteção Civil, fez saber que “não se percebe e muito menos se aceita a falta de cooperação institucional do comandante operacional nacional da ANEPC, não percebendo a opção de não terem sido mobilizados meios do Distrito de Beja, atendendo a que estavam disponíveis”, tal como o estavam agora para combaterem o incêndio em Proença-a-Nova.
Teixeira Correia
(jornalista)