Buzinão: Em defesa da abertura do troço da A26 e construção do IP8.
Ligando Serpa à rotunda do futuro troço da A26, a norte de Figueira de Cavaleiros (Ferreira do Alentejo), com passagem por Beja, cerca de meia centena de viaturas participaram no buzinão pela abertura do troço da A26 e em defesa do IP8.
Cinquenta milhões euros investidos em 10 quilómetros de alcatrão e dois anos depois de estar concluído, contínua encerrado ao trânsito o troço da A26 que liga Figueira de Cavaleiros, no concelho de Ferreira do Alentejo ao nó da A2 de Grândola Sul, o que levou a que hoje fosse realizado um buzinão para exigir a sua abertura.
A par dessa exigência, a manifestação rodoviária visou também exigir a conclusão das obras do IP8 que deveria fazer a ligação entre Sines e Vila Verde de Ficalho, na fronteira com Espanha.
A iniciativa foi da Direção da Organização de Beja (Dorbe) do PCP, e contou com a presença do deputado pelo distrito, João Dias, e pretendia juntar a sociedade civil das diversas localidades de passagem, de Serpa ao acesso da A26, com o objetivo de conseguir melhores acessibilidades para a região.
A manifestação começou às 09,30 horas no Parque de Feiras, em Serpa, atravessou depois algumas das ruas de Beja e Ferreira do Alentejo “para recolher manifestantes e terminou nos acessos à rotunda de acesso à A26, que está encerrada, tendo participado cerca de 50 viaturas.
Numa reunião de trabalho com os autarcas do distrito, realizada no passado dia 12 de fevereiro, o então ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, justificou que o troço do IP8/A26 “está concluído há dois anos, mas que não é utilizado por falta de reformulação da praça das portagens, por parte da Brisa, a concessionária da obra. O governante revelou que “as Infraestruturas de Portugal (IP) notificou a concessionária que tem que reiniciar as obras até 14 de março, sob pena de ser a IP a concluir a praça das portagens”, o que até ao momento ainda não se verificou.
Na ocasião Pedro Marques, referiu que o Programa Nacional de Investimentos (PNI) previa “a ligação rodoviária em perfil de IP, duas faixas para cada lado, entre Santa Margarida do Sado (Ferreira do Alentejo) até Beja”, justificando que o Governo considerava ser “um dos investimentos para valorizar a capital de distrito e a região em geral”, concluiu.
Que rodovia existe
Para se fazer a ligação entre Beja e o nó da A2-Grândola Sul, é necessário percorrer cerca de 55 quilómetros, tendo que atravessar as localidades de Beringel (Beja) e Figueira de Cavaleiros e Santa Margarida do Sado (ambas no concelho de Ferreira do Alentejo), por uma Estrada Nacional 121, muito esburacada pelo volumoso tráfico de pesados de mercadorias de Espanha para Lisboa e Sines e vice-versa, além da demora que o mesmo provoca.
Com a aberta da autoestrada entre a rotunda do Terminal Civil e Beja, às portas da cidade, o percurso seria encurtado em cerca de 15 quilómetros, do que resultaria numa grande economia de tempo, pela redução da distância e da melhor qualidade da via.
Teixeira Correia
(jornalista)