Cabeça Gorda: Padre impede velório em igreja e gera revolta. GNR esteve no local.
Pároco de Cabeça Gorda impediu velório na igreja por local “ser para os vivos e não para os mortos”. Na Casa Mortuária estava outro funeral. Familiares agastados com o presidente da Junta de Freguesia.
A decisão do padre Dário, o pároco da freguesia de Cabeça Gorda, um cidadão de origem polaca, em não permitir o velório de José Cabo Fialho, na igreja da aldeia, causou grande revolta nos familiares do defunto.
Até à chegada em Outubro do novo pároco, sempre que existiam sois velórios, um realizava-se na casa mortuária e o outro na igreja. A situação era ultrapassada desta forma face à exiguidade da casa mortuária, composto por duas pequenas salas, numa ficava o corpo e na outra as pessoas que velavam o morto.
Manuel Costa, conhecido na aldeia como “Lela”, genro do defunto, disse ao Lidador Notícias (LN) que o padre “telefonou à GNR a dizer que queríamos arrombar a porta da igreja. Arranjou um problema onde não existia”, disse revoltado.
A GNR esteve no local e perante a inusitada situação e face às explicações dos familiares de José Fialho, acabou por deixar o local sem identificar qualquer pessoa.
“Com o calor que está e o aglomerado de pessoas que se juntaram, vivemos uma situação vergonhosa e indigna”, justificou Manuel Costa.
“Lela”, antigo guarda-redes da equipa de futebol de Cabeça Gorda e figura popular na aldeia, sente-se ainda mais revoltado porque o padre respondeu que “a igreja é para os vivos e não para os mortos”, concluiu.
Os familiares de Manuel Costa estão ainda mais revoltados porque “o presidente da junta abandonou-nos”, disse Manuel Costa que garantiu ao LN ter “falado com ele e depois desligou o telemóvel”, concluiu.
Não foi possível confirmar se o pároco vai comparecer nas cerimónias fúnebres das duas pessoas que serão enterradas no cemitério de Cabeça Gorda.
O LN tentou contactar Álvaro Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, mas sem sucesso.
Teixeira Correia
(jornalista)
