CDS/PP: Partido simulou a venda da sede de Beja.


O CDS/PP celebrou promessa de compra e venda da sede na cidade de Beja com coordenador autárquico para aceder a subvenção antecipada pelo BPI.

O partido celebrou um contrato-promessa de compra e venda de duas sedes locais do partido, uma das quais a de Beja que fica localizada na Rua Portas de Mértola 34 2º, com o seu coordenador autárquico, Fernando Barbosa, no intuito de obter as condições financeiras mínimas para aceder à antecipação da subvenção pública para as eleições autárquicas junto de uma instituição bancária, o BPI.

Segundo o jornal “Nascer do Sol”, através deste contrato, Fernando Barbosa depositou cem mil euros na conta do partido, para este poder obter um financiamento de um milhão de euros junto do BPI. Após o partido ter recebido este ‘empréstimo’ (oficialmente correspondente a uma antecipação por conta da subvenção autárquica), o partido devolveu de imediato os cem mil euros a Barbosa e o contrato-promessa não foi cumprido. Os registos prediais deste negócio, a que o Nascer do SOL teve acesso, datam 19 de agosto de 2021: sensivelmente um mês antes das autárquicas. E sem este empurrão financeiro de Fernando Barbosa, o CDS corria o sério risco de não poder apresentar candidaturas autárquicas.

Segundo o jornal nunca houve compra efetiva dos imóveis por parte de Fernando Barbosa: houve, sim, o pagamento de um sinal para cada sede (que, na totalidade, perfazem os ditos 100.000 euros), Beja e Vagos. Confrontado pelo Nascer do SOL, Fernando Barbosa, confirmou os factos e assegurou que: «nunca quis comprar nada. O partido estava com dificuldades financeiras, pediu ajuda e eu disse que estava disponível. Depois disso, resolveu-se o problema no banco. Tinham de ter uma garantia, a garantia era esta».

A Secretaria-geral do CDS-PP justificou que “encetou o processo de identificação de possíveis interessados e potenciais compradores de um conjunto de imóveis. Com base nos resultados das avaliações imobiliárias (…) [de] entidades independentes, o Coordenador Autárquico do CDS [Fernando Barbosa] fez uma oferta de compra”.

Considerando a «a ausência de outras propostas e tendo em conta que o preço oferecido cobria o valor dos imóveis determinados nessas avaliações», o partido aceitou-a, celebrando um «contrato promessa de compra e venda». 


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