Cruz Vermelha: António Saraiva tomou posse como presidente.


O empresário António Saraiva, natural de Ervidel, concelho de Aljustrel, tomou posse como presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).

O antigo presidente da Confederação Empresarial de Portugal, assume um mandato de quatro anos, durante o qual pretende concentrar-se na sustentabilidade económico-financeira da instituição e otimizar a rede de 159 delegações.

Em entrevista à agência Lusa, António Saraiva enumerou como prioridades a valorização e formação dos profissionais, bem como a requalificação de toda a rede da entidade que vai dirigir, considerando que “das 159 delegações umas encontram-se em situação desafogada, outras nem tanto”.

“Vivemos da solidariedade e dos apoios que vamos recebendo e por isso nem todas as delegações vivem com o mesmo desafogo financeiro. Há que olhar para toda a rede e reestruturar, dando sustentabilidade económico-financeira”, afirmou António Saraiva, antigo presidente da Confederação Empresarial de Portugal.

De acordo com o novo presidente da CVP, é necessário um trabalho de maior ligação entre as diferentes estruturas espalhadas pelo país.

“Temos de ter serviços centralizados para otimizar a sustentabilidade económico-financeira da entidade e caminhar no sentido de uma maior articulação entre as 159 delegações, dotar a entidade de uma gestão de frotas eficiente, uma central de compras que faça a gestão de toda a rede de uma forma mais rigorosa, acompanhando aquilo que são hoje as possibilidades dos meios informáticos que temos para melhorar tudo o que é possível melhorar numa rede com esta amplitude”, defendeu António Saraiva.

Cruz Vermelha gastou mais de 1,5 milhões de euros em instalações inacabadas e abandonadas.

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinou em um contrato com as Infraestruturas de Portugal (IP) para a reabilitação do edifício da “Antiga Cantina da REFER”, em Beja, mas instalações continuam inacabadas e mais do que ao abandono, estão a ser ocupadas por pessoas sem local para dormir ou mesmo trabalhadores estrangeiros desempregados e sem teto.

O acordo, válido por 20 anos e renovável por outros tantos anos, foi celebrado em 28 de novembro de 2012, pela mão de Luís Barbosa, o então presidente da CVP, para ali instalar a Casa de Repouso e o Serviço de Apoio Domiciliário, que estão acomodadas em duas casas senhoriais localizadas no Centro Histórico de Beja, mas sem condições para as funções que desempenham.

A instituição paga desde essa data 8.500 euros de renda mensal, tendo já gasto 1.079.500 euros. Para dar início às obras foi contraído um empréstimo bancário de 500.000 euros, estando a CVP a pagar uma verba mensal de amortização.

Câmara de Beja notifica IP e Cruz Vermelha sobre ocupação ilegal do espaço

A Câmara de Beja notificou a Infraestruturas de Portugal, proprietária do imóvel onde funcionou a antiga cantina da REFER e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, bem como a Cruz Vermelha de Beja, entidade arrendatária, para tomarem medidas a fim de colocar termo à ocupação ilegal do espaço.

O imóvel é ocupado por dezenas de sem-abrigo e toxicodependentes. Há relatos de violência, problemas de saúde e roubos.

A Câmara já reuniu com a Infraestruturas de Portugal e com a Cruz Vermelha e mostra-se disponível para tentar encontrar uma solução para o problema, assegurou Rui Marreiros, vice-presidente da autarquia.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg