(Exclusivo) Beja: Uma estudante de 13 anos, da Escola Mário Beirão, caiu quando fazia slide.
Uma rapariga de 13 anos, aluna do 8º ano da Escola Mário Beirão, de Beja, caiu na passada quinta-feira, no Tempo de Aventura-Campo de Férias, situado no Cadaval, Região Oeste, quando praticava slide, uma atividade chamada radical.
O acidente ocorreu no decurso de um programa de dois dias no espaço de férias do Cadaval, promovido pela disciplina de Religião e Moral que a aluna integrava, incluída num grupo de mais de meia centena de estudantes das Escolas Mário Beirão e D.Manuel I, do Agrupamento de Escolas Nº2 de Beja.
Por motivos que ninguém (escola, agrupamento e campo de férias) explica, a jovem que praticava a atividade suspensa no cabo, caiu de uma altura de dois metros quando fazia a descida.
A queda de Inês (nome fictício) terá acontecido na sequência do arnês de segurança não ter ficado ligado à corda de amarração, suspensa no cabo de deslizamento e quando a rapariga perdeu a força dos braços, acabou por cair desemparada no chão, de uma altura de cerca de dois metros.
Da queda resultaram lesões no rosto, tronco e membros superiores e inferiores, que fazem com que a jovem esteja acamada e a faltar às aulas desde segunda-feira, tendo já estado duas vezes no Serviço de Urgência do Hospital de Beja, fazendo TAC’s e outros exames complementares.
Segundo a participação feita pelo Tempo Aventura à seguradora, o acidente com a jovem terá ocorrido às 13,15 horas, mas esta só deu entrada no Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, que fica a 28 quilómetros incluindo 16 na auto-estrada, às 15,00 horas, para onde foi transportada no carro do diretor do centro de férias.
Paulo Jorge, o pai de Inês, que mal teve conhecimento do acidente deixou Beja rumo ao Cadaval, mostrou-se agastado com o fato de “não terem acionado os meios de socorro e as autoridades”, justificando que “bombeiros ou INEM e GNR”, não foram chamados ao local. “pelo próprio pé, levaram a minha filha para o quarto, tomou banho e só depois foram ao hospital e num carro particular”, justificou.
Segundo Paulo Jorge, “vi o equipamento e este não apresentava qualquer defeito, só pode ter sido erro humano”. De acordo com a versão do pai “se a minha filha tem caído quando saiu da torre, não tinha sobrevivido”, justificou.
Ao até momento nem a direção da escola, nem a do agrupamento, tiveram qualquer contato com os pais de Inês, para prestarem esclarecimentos ou saber qual o estado de saúde da jovem.
Paulo Jorge assegurou ao Lidador Notícias (LN) que vai avançar “com uma ação judicial contra a Tempo de Aventura”, enquanto aguarda ter uma reunião com a direção do agrupamento.
Sem respostas
O LN esteve na Escola Mário Beirão que remeteu as respostas para a direção do Agrupamento. Aqui, fomos recebidos pelo subdirector, Pedro Martinho, que reservou qualquer explicação para a diretora.
Via telefone contatámos por duas vezes a sede do Tempo de Aventura, em Lisboa, que justificou que qualquer explicação seria dada pelo diretor do Campo de Férias, em Cadaval.
Em tempo útil, tanto do Agrupamento como do Campo do Férias, não foram dadas explicações sobre os acontecimentos.
Teixeira Correia
(jornalista)