Força Aérea: Base de Beja (BA 11) descartada para Centro europeu de treinos.
Sintra deverá acolher o centro europeu de treinos de helicópteros. Base Aérea 11, em Beja, descartada apesar de ter “todas as condições necessárias”, segundo o CEMFA, mas “Sintra porque fica mais próxima da capital”.
A Base Aérea (BA) 1, sedeada em Sintra, foi a infraestrutura candidatada por Portugal e pela Força Aérea, à European Defense Agency (EDA), a agência europeia de defesa, para receber o Multinacional Helicopter Training Center (MHTC), o centro europeu treinos de helicópteros.
“A decisão deverá ser conhecida até final do corrente ano e é um processo que tem que merecer o consenso dos parceiros europeus. Portugal foi o único país que apresentou candidatura”, justificou hoje em Beja, o General Teixeira Rolo, Chefe do Estado Maior da Força Aérea (CEMFA).
O General CEMFA falou aos jornalistas à margem do Hot Blade 2018, um exercício multinacional que decorre na Base Aérea (BA) 11, desde o passado dia 9 e que termina amanhã, sob tutela da EDA, com a participação de 1200 militares e 29 aeronaves de seis países, a que assistiu hoje o ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
O General Teixeira Rolo, foi ambíguo na resposta sobre a candidatura de Sintra (BA1) e não Beja (BA11). “Sintra porque fica mais próxima da capital e por questões logísticas e porque no futuro os helicópteros (EH 101 Merlin estacionados na BA5 no Montijo) devem ser lá colocados”, mas quando instado a comentar a opção de Beja para este exercício o CEMFA justificou que “tem todas as condições necessárias para receber este tipo de exercício, pela área disponível, características do terreno e do clima”, rematou.
Teixeira Rolo acrescentou que após a decisão “vamos começar a construir o centro, para em 2021 ter pronta a capacidade operacional inicial e a final no ano seguinte”, justificando que é um centro “com novas valências e muito diferente do existente em Inglaterra”, concluiu.
Falando sobre o MHTC, o ministro da Defesa justificou que Portugal “há mais de um ano e meio que mostrou disponibilidade para receber este centro”, quando questionado o porquê da escolha de Sintra, Azeredo Lopes, justificou que “não pareço um piloto-aviador nem sou da Força Aérea, podem e devem questionar o General CEMFA”, rejeitando qualquer responsabilidade do Governo
O ministro da Defesa, assistiu a operações das forças helitransportadas daquele que é o maior exercício da Europa, onde marcam presenças militares de Portugal, Bélgica, Alemanha, Hungria, Holanda e Eslovénia e observadores de diversos países europeus e mundiais como Timor-Leste, Guiné-Bissau, Rússia, Espanha e China.
Teixeira Correia
(jornalista)