GNR: ASPIG denuncia discriminação nas promoções.


A Associação Sócio–Profissional Independente da Guarda (ASPIG), emitiu um comunicado onde lamenta as discriminações entre as classes profissionais (Oficiais, Sargentos e Guardas) no que diz respeito às promoções.

A ASPIG sustenta que não pode deixar para trás, sem denunciar, situações que, pela sua importância na carreira dos militares da Guarda, têm sido, por um lado, verdadeiramente causadoras de enorme desmotivação entre os militares e, por outro lado, permitindo discriminação entre as classes profissionais (Oficiais, Sargentos e Guardas).

Uma das situações que, há décadas, tem acarretado para os militares enorme desmotivação, e indignação, é o procedimento administrativo para efeitos de promoção na carreira.

Não se compreende que os processos administrativos, tendentes à elaboração das listas de promoção, tenham atrasos gigantescos – relativamente ao previsto na lei – originando situações caricatas como por exemplo a promoção de militares que, em relação ao serviço, há anos se encontram na situação de reserva para ocupação de vagas ocorridas quando o militar ainda se encontrava na efetividade de serviço.

Se tal não bastasse, o militar só começa a ter o vencimento do novo posto a partir do dia seguinte à publicação da promoção em Diário da República.

Também não se compreende o facto de, na realidade, existir uma enorme diferença do tempo necessário de permanecia no posto hierárquico – para ocorrer a promoção ao posto hierárquico seguinte- entre os militares de cada uma das classes profissionais. Se na classe de oficiais as promoções ao posto seguinte acontecem praticamente quando o militar atinge o tempo minino no posto atual, previsto na lei, nas classes de Sargentos e Guardas a demoras é muito maior.

Uma demora que na classe de guardas é quase “obscena”. Por exemplo: Um Cabo – militar da classe de Guardas- chega a permanecer 18 anos neste posto (Cabo) para ser promovido ao posto hierárquico seguinte (Cabo-Chefe), enquanto um militar da categoria profissional de Oficiais, é promovido 3 ou 4 vezes no mesmo lapso de tempo.

Perante estas situações, não parece difícil encontrar as causas para tantos atos impulsivos devido à desmotivação, stress e/ou injustiças várias, na Guarda.


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