Cerca de três dezenas de funcionários judiciais concentram-se esta terça-feira frente ao Palácio da Justiça, onde funcionam os Juízos Criminais e Cíveis e, às instalações modulares (contentores) onde funcionam os Juízos da Menor e Família e Trabalho.
O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) convocou uma greve, com a duração de um mês, que se inicio no passado dia 17 de maio e que ocorre entre as 10,00 e as 11,00 horas e que hoje está centrada em Beja.
Entre “Costa escuta, oficiais de justiça estão em luta” e “Justiça, justiça, justiça”, envergando t-shirts pretas onde estava escrito “Justiça para quem nela trabalha”, os funcionários mantiveram em protesto, que não interrompeu um julgamento que decorria na Sala Principal do Palácio da Justiça.
Num documento distribuído, os funcionários exigem que, entre outros, “a negociação do estatuto profissional, uma tabela salarial adequada às funções, o preenchimento dos lugares vagos e o suplemento de recuperação processual”, baseados no cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo.
Ao Lidador Notícias, Estela Ribeiro, secretária nacional do SFJ, acusou o secretário de Estado Adjunto da Justiça, Mário Morgado de “afrontar os trabalhadores com uma comunicação Trampista (Donald Trump), ao utilizar o twitter para dizer que a publicação do estatuto dos funcionários de justiça no Boletim do Trabalho e Emprego, estaria para breve”, justificando que aquilo que o governante devia fazer era “utilizar as vias institucionais a que o Estado de Direito nos habituou”, concluiu.
De acordo com os dados divulgados pelo SFJ, a greve parcial de uma hora diária, já levou à suspensão ou interrupção de mais de duas mil diligências processuais.
Teixeira Correia
(jornalista)