Moura: Assembleia Municipal chumba Orçamento e GOP para 2022.


Os votos contra da CDU e Chega na Assembleia Municipal levaram ao chumbo do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2022 da Câmara de Moura.

Os documentos tinham sido aprovados na reunião do Executivo da Câmara, com três votos a favor dos eleitos do PS e a abstenção da vereadora Independente, ex-Chega e três votos contra da CDU. O voto de qualidade do PS viabilizou a aprovação. Na Assembleia Municipal, os 14 votos contra, 8 da CDU e 6 do Chega, levaram de vencida os 12 votos a favor, 11 do PS e um do eleito Independente da Junta de Freguesia de Amareleja.

Em comunicado, a Concelhia de Moura do PS ataca a “aliança entre CDU e CHEGA”, justificando que “afinal os opostos atraem-se!” e que a decisão negativa de ambos foi tomada por “mero tacticismo político, aliado a uma enorme vontade de se coligarem negativamente”.

Para os socialistas “as distâncias ideológicas, e as famosas linhas vermelhas que os comunistas de Moura tanto apregoaram como intransponíveis, foram rapidamente esquecidas, dando lugar a uma aliança que tem como objetivo desestabilizar e atrasar os investimentos previstos para o Concelho de Moura”, rematam.

O PS de Moura deixa uma acusação à CDU e ao Chega: “preferiram olhar para os efeitos que esta votação poderá ter nas eleições legislativas que se aproximam do que olhar para os interesses da POPULAÇÃO DO CONCELHO DE MOURA”.

Por seu turno a Comissão Coordenadora de Moura da CDU respondem e lembra que “os eleitos da CDU na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal, votaram contra o Orçamento e as Grandes opções do Plano para 2022, tal como tinham feito em 2020 e 2021”, sustentando que da parte do Executivo socialista existe “a incapacidade de escutar os outros, a falta de projeto e a falta de estratégia deste executivo não se alterou depois das eleições autárquicas e que a pouca ambição destes documentos vai conduzir o concelho de Moura a um cenário desastroso”, rematam.

Por fim os comunistas apontam o dedo ao PS dizendo que “demitiu-se da governação e procurou fazer chantagem com todo este processo, assumindo o chumbo do documento como uma desculpa para a falta de trabalho apresentado aos munícipes”, não tecendo quaisquer comentário sobre a acusação socialista à “aliança CDU/ Chega”.

Nas redes sociais, Álvaro Azedo, presidente da Câmara de Moura, assegura que “não receamos liderar os destinos do concelho sem um orçamento para 2022 aprovado. Aliás, sabíamos que o novo figurino na Câmara e Assembleia Municipal nos traria muitos desafios para este mandato”, acusando os eleitos que chumbaram o Orçamento e Plano de que “apregoam à população que desejam exercer uma oposição positiva e defensora dos interesses do concelho, mas a sua atitude diária na Câmara e Assembleia escrevem uma história bem diferente”, rematou

Teixeira Correia

(jornalista)


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