O Tribunal da Relação de Évora (TRE) julgou improcedente o recurso apresentado pela defesa do jovem de 20 anos, que pretendia a alteração da medida de coação de prisão preventiva para domiciliária com sujeição a vigilância eletrónica.
O suspeito foi detido na tarde de 4 de julho, por inspetores da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ), estando indiciado pela prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada, perpetrado contra um homem de 27 anos, a quem agrediu com o recurso a uma arma branca.
O crime ocorreu dois dias antes, na madrugada de um sábado, cerca das 01,00 horas, no jardim do Bairro do Ultramar, frente ao Edifício das Conservatórias, em plena via pública, num contexto de violência gratuita, que de acordo com o comunicado da PJ o arguido “considerou que a vítima se tratava de um elemento de um órgão policial”.
“A vítima sofreu lesões muito graves, foi conduzido ao Hospital de Beja, entrando diretamente para o Bloco Operatório, onde viria a ser sujeito a uma intervenção cirúrgica de urgência”, situação lhe terá salvo a vida.
O agressor faz parte de um grupo de jovens já conhecido e identificado pelas autoridades e que tem provocado diversos desacatos e agressões em vários pontos da cidade.
O indivíduo é arguido noutro processo, a que foram apensados outros seis, todos investigados pela PSP de Beja, que envolve mais seis arguidos, muitos deles integrantes do grupo, três dos quais em prisão preventiva, onde se incluem pai e filho e da acusação constam esfaqueamentos agressões roubos, furtos e tráfico de droga.
Quando no dia 10 de novembro de 2022, foi abordado pelos investigadores, o arguido tinha na sua posse 88,43 gramas de canábis, um canivete com o comprimento total de 21 centímetros (cm) e 9,5 cm de lâmina e um maço de notas no valor total de 1.320 euros.
Teixeira Correia
(jornalista)