Évora: Homicida da advogada ausente do tribunal, por causa da greve dos guardas prisionais.
Greve dos guardas prisionais leva a que homicida de advogada de Estremoz, falhe hoje terceiro dia de julgamento no Tribunal de Évora.
Évora: Homicida de advogada “não se lembra de nadaâ€, face à medicação.
“Não me lembro de nada. Estou muito medicado.†Foram as palavras mais usadas por Francisco Borda d’Ãgua, empresário de Estremoz, acusado da morte da advogada da mulher em 6 de maio de 2014. “Estou sobre medicação muito forte e não me lembro de nada. Não estou em condições de me lembrar de nadaâ€, foram as palavras muitas vezes usadas por Francisco Borda d’Ãgua, o empresário de Estremoz, quando questionado sobre a morte da advogada Natália de Sousa, crime pelo qual começou ontem (terça-feira) a ser julgado no Tribunal de Évora. O arguido apresentou-se em tribunal, com barba crescida, olhar profundo e distante, voz tremula, camisola de malha com um buraco à frente e outro atrás, num aparente cenário de estar sobre forte efeito de medicamentos. Francisco quando questionado sobre as razões do divórcio, afirmou ser “uma situação muito grave de que não falavaâ€, acrescentando quando a juÃza lhe perguntou se era traÃdo pela mulher, ripostou que “envergonho-me delaâ€, concluiu. Questionado várias vezes sobre os factos ocorridos no dia 6 de maio no gabinete da vÃtima, à juÃza que preside ao Colectivo que o julga e o acusou de ter “memória selectiva para algumas coisasâ€, a chorar Francisco disse: “cometi um crime sem querer, mas não sei explicar o que se passou. Soube depois que morreu uma advogadaâ€. Às perguntas da magistrada sobre o que queria dizer com o facto de “ter cometido um crime sem crerâ€, e se este tinha a ver com o seu divórcio, Borda d’Ãgua, voltou ao chavão “não sei explicarâ€. A constante atitude do arguido em “recorrer†à forte medicação para não ter presentes os factos, o Procurador do Ministério Público requereu que fossem ouvidas as suas declarações em primeiro interrogatório, o que foi subscrito pela Ordem dos Advogados, que se constituiu assistente no processo e que essas declarações fossem livres de apreciação de prova e o individuo fosse julgado por ausência. Requerimento aceite, foram ouvidas as declarações de Francisco Borda d’Ãgua a magistrados do Tribunal de Estremoz, onde assumiu que “agarrei o pescoço da advogada e bati-lhe com a cabeça no chão duas ou três vezes. Estava viva quando sai do escritório. Soube na esquadra, depois de preso, que ela tinha morridoâ€, disse dois dias após a morte da advogada, sustentando que “nunca tive intenção de matar a mulherâ€, concluiu. “Fui ao escritório mostrar-lhe umas fotografias da minha mulher com o amante, para não lhe pagar a pensão que ela queria. A advogada empurrou-me e disse que me estragava a vida. Estava esgotado da cabeça e passei-me. Agarrei-lhe no pescoço e bati-lhe com a cabeça no chãoâ€, recordando que ao sair do escritório “um...