Beja: Falta de pessoal auxiliar leva pais a fechar Escola de Santiago Maior a cadeado.
A Escola EB2/3 de Santiago Maior, em Beja, apareceu na manhã desta segunda-feira fechada a cadeado, num protesto contra a falta de pessoal auxiliar.
Na semana passada uma aluna de 7 anos, ficou fechada no interior da escola. Os casos de agressões entre alunos são recorrentes e falta de socorro é quase inexistente. A Direção do Agrupamento remete responsabilidades para a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que responde com o “rácio”, entre alunos e auxiliares.
Os pais, reclamam mais funcionários para o estabelecimento. Tendo sido necessária a presença da PSP para que as duas portas da escola fossem abertas. Os cartazes pendurados nas entradas das EB2/3 de Santiago Maior, davam conta da existência de 8 auxiliares para 400 alunos da Pré-Primária ao 9º. Ano. Solidários com o protesto marcaram presença Vitor Picado, vereador da Câmara de Beja, com o pelouro da Educação, e Miguel Ramalho, presidente da União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista
Sófia Monteiro, presidente da Associação de Pais, referiu que “toda a gente sabe que a falta de acompanhamento e segurança existe, ninguém faz nada. Chegou-se ao cúmulo dos pais já terem feito vigilância á porta da escola”, justificou. Por seu turno Eduardo Afonso, pai de um dos alunos, referia que “nunca estamos descansados quando deixamos os nossos filhos na escola”, rematou.
O protesto estendeu à manutenção de uma auxiliar, Sandra de seu nome, que esteve durante dois anos em estágio e que vai deixar o estabelecimento, por não lhe ter sido renovado contrato. Segundo os pais “é uma excelente pessoa e que cativou todos os miúdos. É uma injustiça”, justificaram.
Por seu turno o vereador da edilidade bejense, Vitor Picado, referiu que “a situação é de facto preocupante. Os problemas têm sido colocados no Conselho Municipal de Educação onde tem assunto o diretor Regional de Educação, mas nada é feito”, justificando que a Câmara Municipal de Beja, “está solidária com a luta destes pais”, concluiu.
Depois da presença de Laura Cruz, adjunta do diretor da escola, e de uma conversa com a presidente da associação e de alguns pais, cerca das 09,15 horas, os cadeados foram abertos, apesar da presença dos bombeiros, que foram chamados para cortar as correntes. A grande maioria dos alunos não tiveram aulas, já que muitos dos professores impedidos de entrar na escola, acabaram por deixar o local.
Teixeira Correia
(jornalista)