Aeroporto: “Em Beja é que não”, refere a presidente da CCDR-Lisboa e Vale do Tejo.


E diz que o aeroporto em Santarém “não é longe”: a distância deve ser medida em tempo e em facilidade de acesso e não em quilómetros.

Teresa Almeida, arquiteta de formação, dirige a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), precisamente a região mais rica do país. Ou menos pobre. Entende que esta descentralização e reforma administrativa, com a passagem de competências para as CCDR, pode ser um primeiro passo para uma futura regionalização.

E diz que o aeroporto em Santarém “não é longe”: a distância deve ser medida em tempo e em facilidade de acesso e não em quilómetros, em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias.

Falemos agora do novo aeroporto de Lisboa. Tem preferência de localização? Onde fará mais sentido?
A minha preferência é que o aeroporto de Lisboa tem de ser na região de Lisboa.

E não Santarém, no seu entender?
Não, não, é região de Lisboa. Beja é que não é. Pertenço à comissão de acompanhamento do aeroporto que está em exercício até o final do ano, como sabem, e houve uma ponderação, porque houve esse mapeamento para o aeroporto de Beja poder ser o aeroporto de Lisboa. Portanto, isso é que não faz sentido nenhum. Agora, dentro da região de Lisboa, aquele que tiver melhores condições para servir Lisboa, estarei, com certeza, de acordo.

Tal como se disse que Beja seria longe demais, Santarém também seria longe demais?
Penso que essas questões estão a ser avaliadas, porque o longe tem de ser medido em tempo e não em quilómetros. O que efetivamente importa é que haja um serviço de proximidade temporal ao aeroporto que serve a região de Lisboa. E, portanto, isso é algo que estará a ser pesado nestas avaliações que estão a ser feitas.

Portanto, para si Santarém é uma hipótese?
É uma hipótese como são as outras. Desde que sejam na região de Lisboa e que estejam assegurados movimentos de pendularidade que sejam eficientes, eficazes e com tempos curtos de deslocação. Isso, obviamente, tem de ser, até para poder ser competitivo, porque se qualquer cidadão que quer vir para a região de Lisboa, mas que só tiver um comboio ou um movimento pendular de duas em duas horas, é evidente que não está interessado. É preciso também uma revolução na ferrovia, nesse sentido. Tem de haver tanta adequação, como digo, da pendularidade, que é o que se passa nos outros aeroportos. Enfim, falo da Europa, não falo de outras regiões do globo, mas são esses fatores que têm de ter, e não o disse, mas que são questões ambientais que têm de estar absolutamente acauteladas. E, portanto, dentro deste contexto, questões ambientais, questões de proximidade temporal, penso que o que é fundamental é que esteja na região de Lisboa.

Foto: DR


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