Beja: Seguradora pede 942.500 euros de indemnização por incêndio suspeito em habitação.


Teve ontem início no Juízo Cível do Tribunal de Beja o julgamento que opõe a Crédito Agrícola Seguros à Sony Europe e à Worten pelo incêndio que ocorreu numa habitação da Herdade da Mingorra, próximo da aldeia de Trindade, concelho de Beja, em que a autora da ação pede uma indemnização de 942.500 euros.

Tendo como suporte a investigação dos inspetores da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária, que foram chamados a investigar as causas do incêndio, apontado que o mesmo terá tido origem num aparelho de uso doméstico, da marca e vendido pelos réus, a seguradora quer ser ressarcida do valor pago ao seu cliente.

O alerta para o incêndio foi dado pelos trabalhadores que entraram ao serviço no prédio, na manhã do dia 6 de janeiro de 2020, tendo as chamas consumido lentamente o interior da habitação e alastrado ao telhado. O espaço, casa de habitação e de alojamento local, ficou totalmente destruído, sem condições de habitabilidade, tendo a intervenção dos Bombeiros Voluntários de Beja, para que as consequências não fossem mais devastadoras.

Depois de ter resolvido a situação com o sinistrado, a administração da Herdade da Mingorra, da Família Uva, três anos depois do incêndio, a 5 de janeiro de 2023, a segurado deu entrada com o processo no Juízo Central Cível do tribunal de Beja onde pretende ser ressarcida da verba gasta com a indemnização.

A habitação destruída integra um projeto fundado em 2004 por Henrique Uva, que tem um total de 1.400 hectares que integra três propriedades onde estão plantas vinhas, olival e amendoal, uma adega, onde são produzidos cerca de dezena e meia de produtos, baseados na plantação de 23 tipos de castas.

Teixeira Correia

(jornalista)


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