Aljustrel: Preso por agredir a mãe e ameaçar de morte GNR’s julgado por videoconferência.
Agrediu fisicamente a mãe e de formal verbal a irmã menor e o padrasto. Quando foi detido ameaçou de morte os militares da GNR de Aljustrel. Julgado por videoconferência a partir da cadeia.
Um individuo de 28 anos, vai ser julgado hoje por videoconferência a partir do Estabelecimento Prisional de Beja (EPBeja), onde se encontra detido, acusado da prática de um crime de violência doméstica e dois de ameaças agravadas.
Flávio B, residente no Bairro São João do Deserto, em Aljustrel, é o primeiro arguido a ser julgado nos Juízos Criminais de Beja, depois de no passado dia 18 de março ter sido decretado o estado de emergência em Portugal.
Ainda assim, o julgamento vai ser feito “à distância”, entre os diversos intervenientes. O Coletivo de Juízes e a funcionária judicial estarão na sala de audiências, enquanto que o arguido partir do EPBeja e as oito testemunhas, incluindo três militares da GNR, serão ouvidos por videoconferência, nos locais de trabalho ou residências, através dos seus próprios meios (telemóveis, smartphones e outros).
Ao longo de seis anos, até ao dia 8 de agosto de 2019, dia em que foi detido, o arguido agrediu física e verbalmente a mãe, de 46 anos, a quem por diversas vezes ameaçou de morte, tal como à irmã, uma menor de 14 anos, e o padrasto.
Por diversas vezes o indivíduo assumiu comportamentos agressivos, face à dependência de estupefacientes, a partir a mobília da residência. No dia da detenção, o arguido dirigiu-se aos militares da GNR e disse-lhes: “da próxima vez que um militar da GNR entrar na minha casa, mato-o. Seja ele quem for”, verbalizou.
A magistrada do Ministério Público de Ourique que elaborou o despacho de acusação considerou a principal padecente do processo, a mãe de Flávio, como “especialmente vulnerável”, a quem aplicável o regime de reparação de vítima, que querendo poderia deduzir o pedido de indemnização cível.
Teixeira Correia
(jornalista)