No ano civil de 2021, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou um total de 13.234 vítimas diretas de crime, das quais 54 foram participadas no distrito de Beja.
Os dados estatísticos disponibilizados no ano de 2021 reportam-se aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone e online, no ano transato, pelos 75 serviços de proximidade da APAV.
Face ao trabalho desenvolvido em conjunto com autoridades e entidades nacionais e internacionais, a APAV apoiou diretamente 15.617 pessoas, de um total de 75.445 atendimentos nos vários serviços de proximidade
Durante este ano a APAV apoiou vítimas de 286 municípios dos 308 existentes (93% do território nacional), atendeu uma média de 37 vítimas por dia, registou 25.838 crimes e outras formas de violência e promoveu 1.018 ações de formação e sensibilização (47% destinadas a crianças e jovens).
No distrito de Beja registaram-se 54 vítimas: Aljustrel- 3, Almodôvar- 2, Alvito- 1, Barrancos- Sem registo, Beja- 13, Castro Verde- 3, Cuba- 1, Ferreira do Alentejo- 2, Mértola- 2, Moura- 2, Odemira- 11, Ourique- 2, Serpa- 5 e Vidigueira- 7.
Verifica-se que o maior número de vítimas que recorreu à APAV no ano supra mencionado é do sexo feminino (n=10.308; 77,9%), mantendose, desta forma, a tendência de anos anteriores que demonstram que são as mulheres as mais visadas em termos de vitimação. Convém destacar igualmente a percentagem de vítimas do sexo masculino que tem vindo igualmente a aumentar: em 2019 representavam 18,7% (n=2.180) e em 2021 já atingiram os 19,6% (n=2.601) das vítimas.
As vítimas que recorreram à APAV em 2021, e em termos de faixas etárias, situavam-se fundamentalmente entre os 25 e os 54 anos (n=5.341; 40,4%), acompanhando uma tendência crescente já verificada em anos anteriores: em 2019 representavam 36,6% (n=4.271) e em 2020 38,3% (n=5.020).
Das situações de violência que chegaram à APAV no ano de 2021, cerca de 46% (n=6067) das vítimas efetuaram queixa/denúncia numa entidade policial, valor que tem vindo a crescer nos últimos anos: em 2019 apenas 41,6% reportou a situação a uma entidade policial e, em 2020, 45% das vítimas efetuaram queixa/denúncia.
Tendo em atenção os locais da queixa/denúncia mencionados pelas vítimas, 43,8% (n=2.455) foram na Polícia de Segurança Pública (PSP) seguindo-se a Guarda Nacional Republicana (GNR) com 35,4% (n=1.983) das ocorrências registadas.