Uma delegação da APG/GNR composta por dirigentes da região sul e pelo Presidente da Direção Nacional, na sequência das visitas ao dispositivo que se têm realizado um pouco por todo o país, visitou na terça-feira a sede Comando Territorial de Beja, bem como os Postos Territoriais do Alvito, Vila Alva e Vidigueira.
Como balanço, a APG/GNR considerou que “possível constatar que os profissionais se sentem descontentes e desvalorizados por terem verificado uma acentuada perda de poder de compra e que a sua qualidade de vida tem sido afetada pelo não aumento das remunerações e pela desvalorização das funções de segurança pública”. Para a associação “a falta de efetivo é de igual forma uma preocupação, à semelhança do que sucede em muitos locais de serviço do país, na medida em que só se consegue garantir o policiamento com o recurso ao agrupamento de postos”, justificam.
A delegação da APG/GNR teve ainda a oportunidade de contatar o Comandante da Unidade e de verificar que se trata de um exemplo positivo, em que se tenta ultrapassar as dificuldades existentes, com vontade e até com alguma criatividade: “merece registo o trabalho extraordinário por parte do Comando de Beja que, mesmo com parcos recursos muito tem feito, na medida do possível, para garantir o bem-estar dos profissionais, indo muito além daquilo que em décadas tem sido feito pela Tutela”.
Há postos do Comando Territorial de Beja que perante a falta de resposta oportuna da Tutela às necessidades de intervenção urgente em instalações da GNR estão a ser intervencionados com o apoio das autarquias, que se têm demonstrado disponíveis para contribuir para a melhoria das condições de serviço dos profissionais da GNR e de atendimento às populações.
O próprio edifício do Comando da Unidade está a ser alvo de obras de recuperação e está também em curso um processo de requalificação do novo Posto na freguesia de Vila Alva. Constata-se existir uma preocupação objetiva em garantir que os profissionais têm locais adequados e com privacidade para poderem pernoitar e descansar, nos postos que não reúnem essas condições, bem como tem sido adquirido mobiliário e equipamentos que garantam o seu conforto.
A APG/GNR tomou ainda conhecimento que está a ser feito um levantamento das viaturas que estejam obsoletas, no sentido de se proceder ao seu abate e agilizar a sua substituição.
Por fim, foi ainda referido que, com o apoio dos Serviços Sociais da GNR, está em processo de criação uma “Sala do Militar da Guarda”, espaço que se pretenda que seja de convívio e de apoio aos profissionais na e fora da efetividade de serviço e que, naturalmente, merecem o reconhecimento da Instituição pelos anos que lhe dedicaram. Pretende-se ainda que num futuro próximo seja criada uma secção sanitária na sede do Comando.
A APG/GNR teve ainda a oportunidade de prestar o seu apoio e solidariedade ao profissional que, em 13 de janeiro deste ano foi brutalmente agredido na face. Em breve, a APG/GNR visitará outros locais de serviço do país, pois considera ser da maior importância o contato direto com os profissionais da GNR nos seus locais de serviço como forma de tomar conhecimento direto da sua realidade, das suas reivindicações e aspirações.