Aviação: Hi Fly quer A380 na Portela. ANA diz “não”.




A notícia foi revelada pelo site “opçãoturismo”, que dá conta que a A Hi Fly pediu autorização à ANA para operar na Portela (Lisboa) o A380, o maior avião comercial do mundo.

Trata-se de uma aeronave que, pela sua envergadura pode transportar grandes quantidades de equipamento médico e de proteção. No entanto e segundo a companhia aérea não tem autorização para aterrar em Lisboa.

O A380, que pertence a uma categoria de aviões especiais devido às suas dimensões, requer que o aeroporto esteja certificado para receber aquele tipo de aeronaves. Todavia, segundo o “opçãoturismo”, quando não está, isso não significa que não o possa receber e para que isso aconteça, bastará um pedido à gestora do aeroporto, que no de Lisboa é a ANA-Aeroportos de Portugal, para que seja autorizada a operação do avião naquela infraestrutura, garantindo todas as condições de segurança.

De acordo com a “opçãoturismo”, existe um estudo do fabricante de aviões Airbus, dando o A380 como compatível no aeroporto de Lisboa.

No entanto, de acordo com a companhia aérea Hi Fly, a ANA avaliou o seu pedido durante bastante tempo, mas acabou por alegar que, para autorizar a operação do A380 na Portela, teria que fazer obras muito avultadas.

Atualmente, a única infraestrutura nacional com autorização para receber o A380 é o Terminal Civil de Beja.

Maior avião de passageiros do mundo aterrou em Beja (História de uma aterragem)

O primeiro Airbus A380 da companhia aérea portuguesa Hi Fly aterrou em solo português, na tarde de uma segunda-feira, 23 de julho de 2018, no aeroporto de Beja. A aterragem decorreu às 16.57 horas, sem qualquer problema, mas só à segunda volta.

Ao redor da pista eram centenas as pessoas que esperavam aquele que é o maior avião de passageiros do mundo e que realiza, desta forma, um momento histórico e o virar de página para o aeroporto e para a região. Trata-se de “um momento histórico para a aviação civil” em Portugal, já que é “a primeira vez” que aterra em solo nacional um Airbus A380, “um gigante dos céus e o maior avião comercial do mundo de sempre”, disse à agência Lusa o presidente da Hi Fly, Paulo Mirpuri.

Além disso, a aterragem deste avião demonstra também a capacidade da pista de reserva do aeroporto de Beja, que tem largura e comprimento suficientes para permitir que este Airbus aterre e estacione e servirá para alguma emergência. A Hi Fly está “muito satisfeita” por ter sido Beja a receber a primeiro voo do A380 em Portugal, “o que demonstra a capacidade” e “evidencia a potencialidade” do aeroporto “como veículo dinamizador” da região, frisou.

À chegada, estavam dois veículos dos Bombeiros da Força Aérea Portuguesa que batizaram o avião com jatos de água.

Em declarações aos jornalistas, o administrador da Hi Fly Sérgio Bagorro disse que o A380 aterrou no aeroporto de Beja porque, atualmente, é o único em Portugal capaz de o receber e é onde a companhia tem uma das suas bases para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões.

Segundo Sérgio Bagorro, o Airbus A380 pode aterrar em três aeroportos portugueses, nomeadamente os de Beja, no Alentejo, e das Lajes, nos Açores, que resultam do aproveitamento civil e usam pistas de bases militares, e o de Lisboa.

Mas, atualmente, “somente o de Beja” está “preparado” para receber o Airbus A380 e ainda é preciso “ultimar alguns procedimentos” para o avião poder aterrar nos outros dois aeroportos.

“Lisboa é um aeroporto extremamente congestionado e Beja é a melhor opção” e é onde a Hi Fly está “mais à vontade” para estacionar o A380 para fazer as ações necessárias antes de o avião entrar em operação comercial, explicou Sérgio Bagorro.

O Airbus A380 estará em Beja durante cinco dias, que serão de visitas institucionais e de formação da tripulação da Hi Fly.

Segundo a Hi Fly, a companhia e a Airbus realizaram “exaustivas” análises técnicas e de ‘performance’ à capacidade do aeroporto de Beja para receber o A380, mas “não foi necessário fazer qualquer alteração ou obras”. No entanto, foi preciso “reajustar alguns dos procedimentos operacionais para permitir a operação” do avião na infraestrutura, explicou a empresa.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg