Aviação: Hi Fly vai desmantelar duas aeronaves Airbus A340-300.


Um dos aparelhos (9H-FOX) já está no hangar da MESA-Maintenance & Engineerig, empresa do Grupo Hi Fly, a ser preparado para depois ser desmantelado. A outra aeronave (9H-JAI) já está junto ao mesmo local também a sofrer alguns trabalhos.

A cada um dos aparelhos, que tinham capacidade para 267 sentados, foram removidos os quatro reatores. Agora vai ser retirada toda a aparelhagem eletrónica, os bancos, as forras laterais, procedendo-se depois à descontaminação dos óleos hidráulicos e do jet fuel dos depósitos das aeronaves e só depois estarão em condições de serem ao corte da carcaça com uma tesoura hidráulica.

Segundo apurou o Lidador Notícias (LN) ainda não foi escolhida a empresa a quem será adjudicado o trabalho de desmantelamento dos dois Airbus A340-300.

Recorde-se que a companhia aérea Hi Fly utiliza, desde 2016, o Terminal Civil de Beja (TCB) para estacionamento e a base de manutenção da sua frota de aviões Airbus, bem como para manutenção de aviões de vários modelos Airbus de outras companhias aéreas, como é o caso da TAP, com contrato de manutenção com a MESA. O hangar da Mesa foi um projeto que representou um investimento de 30 milhões de euros e deverá criar 150 postos de trabalho ao longo dos três primeiros anos de atividade.

Julho de 2020 primeiro desmantelamento no Terminal Civil de Beja (TCB)

Um avião Airbus A310, que pertencia à SATA Air Açores, que tinha sido abatido ao efetivo da companhia e que estava estacionado há 2 anos na placa do Terminal Civil Aeronáutico de Beja (TCB) começou a ser desmantelado, tendo os seus componentes diversas utilizações. A operação teve início no passado dia 9 de julho de 2020.

A história do CS-TRY Terceira começou a escrever-se em 11 de março de 2018, quando aterrou nas pistas da Base Área (BA) e estacionou na placa do TCB, de onde nunca mais levantou voo já que o objetivo era ser desmantelado.

A aeronave foi adquirida à SATA por uma empresa que lhe retirou o “coração”, ou seja os dois reatores e “abandonou” a carcaça na placa do TCB. Em abril de 2019, o A310 chegou a ser mudado para as placas da BA11, mas, voltou ao Terminal, onde ainda se encontra. No final do mês de março, a dívida acumulada à ANA pelo “estacionamento” da aeronave rondava os 320.000 euros.

Teixeira Correia

(jornalista)


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