Beja: Ativista Sikh preso, apresenta queixas contra três oficiais por “atos de tortura”.
Paramjeet Singh, o cidadão indiano que se encontrada detido no Estabelecimento Prisional Regional (EPRBeja) de Beja, apresentou uma queixa-crime contra três oficiais da Polícia da República da Índia, por crimes contra a humanidade.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), os três oficiais encontraram-se em território português e na queixa são acusados de estarem “envolvidos em atos de torturas”, praticados no Punjab indiano.
O caso foi confirmado ao LN por Amrik Singh, pai do ativista indiano, à saída da cadeia de Beja na tarde de quinta-feira, onde acompanhada da mulher visitou o filho, que se encontrada detido desde 18 de dezembro, na sequência de um mandado de detenção da Interpol.
“O processo deu entrada num tribunal português e é pedida a detenção dos três polícias para serem julgados cá ou no Tribunal Penal Internacional”, justificou.
Amrik Singh que revelou que o filho se “encontra bem e moralizado”, acrescentou que outras queixas “vão ser formalizadas” em outros países da Europa e não só”, concluiu.
Na página de facebook da organização “Sikhs for Justice”, foram publicadas as fotografias de Rajinder Singh Sohal, Balkar Singh Sidhu e Ashish Kapoor , os oficiais indianos acusados de tortura por parte do ativista preso em Beja.
Na próxima terça-feira cerca de 200 pessoas da comunidade Sikh britânica, vai promover em Londres, em Downing Street frente à residência oficial do Primeiro-ministro inglês, de apoio a Paramjeet Singh.
Com o mesmo objetivo, está também a ser organizada uma manifestação em várias cidades do Mundo, que está agendada para o próximo dia 5 de fevereiro.
A República da Índia já enviou ao Governo Português o pedido de prorrogação da detenção do meu cliente, tendo no passado dia 26 e janeiro sido prorrogado prazo de detenção em mais 20 dias.
Contatado pelo LN, Manuel Luís Ferreira, o advogado Paramjeet Singh, disse “não fazer comentários sobre o assunto”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)