A Câmara Municipal de Beja e a Cáritas Diocesana assinaram um protocolo visando o alojamento temporário de pessoas em situação de sem-abrigo, acompanhadas e sinalizadas pela organização oficial da Igreja Católica para a caridade social.
O programa tem a duração de dois anos, estando a Cáritas a trabalhar com cerca de dezena e meia de pessoas, entre portugueses e estrangeiros, que estão naquela situação.
O documento assinado pelos presidentes do Município, Paulo Arsénio, e da instituição social, Isaurindo Oliveira, define os termos e condições de cedência de um apartamento de tipologia T3, propriedade da autarquia. O convénio tem como objetivo “proporcionar o alojamento temporário e de transição de pessoas sem-abrigo, para reorganização pessoal, social e familiar, com vista à sua autonomização”, justificou o autarca.
Este projeto-piloto pretende também “contribuir para um maior sentimento de segurança e autoestima daquelas pessoas, de forma a contribuir para a sua integração e inclusão na comunidade”, concluiu Paulo Arsénio.
Isaurindo Oliveira, presidente da Cáritas Diocesana, revelou ao JN, que passarão pelo espaço, cinco pessoas por um período que pode ir até seis meses, sendo prioritárias aquelas que “têm frequentado a comunidade de inserção da instituição e que passaram por uma fase de tratamento e tem emprego”, justificou.
“O espaço servirá de passagem para que os intervenientes aprendam a gerir a sua casa”, sendo acompanhados por uma equipa multidisciplinar de cinco pessoas, estando entre elas um psicólogo, um terapeuta e um assistente social. Isaurindo Oliveira acredita que ao longo dos dois anos de desenvolvimento do programa “esperamos atingir entre 70 a 80 pessoas, que vivam numa situação de sem-abrigo e que são acompanhadas pela equipa de rua da Cáritas”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)