Beja: Funcionário da CVP utilizou de forma irregular cartão débito da instituição.


Levantou 500 euros com cartão da Cruz Vermelha. Foi tramado pelas câmaras dos ATM e condenado a pena de multa.

Um funcionário da Delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) foi condenado a uma pena de 720 euros de multa, consubstanciado em 120 dias de multa, à taxa diária de 6 euros, por um crime de burla informática. Estava também acusado de um crime de furto, mas foi absolvido.

No dia 19 de dezembro de 2019, o arguido, de 41 anos, utilizou indevidamente o cartão multibanco da instituição fazendo três levantamentos em caixas multibanco no valor de 500 euros. Como funcionário era utilizador do cartão para efetuar compras para a instituição, sendo conhecedor do PIN de acesso para utilização do mesmo.

Em sede de julgamento, o arguido negou os factos, mas as fotografias recolhidas no sistema de videovigilâncias das caixas ATM, provam que as imagens correspondiam à pessoa acusada. Colocadas perante o auto de visionamento de imagens do processo, a ex-presidente da Comissão Administrativa e a ex-tesoureira da CVP, confirmaram que o indivíduo fotografado a fazer os levantamentos, era o funcionário em causa.

O arguido foi absolvido do crime de furto, porque o tribunal considerou que o indivíduo tinha acesso direto ao cartão para fazer compras para a entidade patronal.

Pela burla informática, incorria numa moldura penal de 1 mês a 3 anos de prisão ou 10 a 360 dias de multa, tendo para aplicação da sentença, o tribunal tido em conta o facto do arguido ter um registo criminal limpo e uma débil condição económica.

Teixeira correia

(jornalista)


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