Beja: Marroquinos detidos por roubo estão à guarda do SEF desde a passada quarta-feira.


Primeiro a falta de advogados oficiosos, depois a greve dos funcionários judiciais, levaram a que os cidadãos só sejam interrogados na sexta-feira. Ilegais no País estão à guarda do SEF.

Os três cidadãos marroquinos detidos na madrugada da passada quarta-feira, por roubo a um cidadão português numa das principais artérias de Beja e em situação ilegal em Portugal, continuam à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) para voltarem a ser presentes a tribunal na próxima sexta-feira.

Os três homens, com idades compreendidas entre os 22 e os 39 anos, foram presentes na tarde do dia da detenção, a um Juiz de Instrução Criminal (JIC) do Tribunal Judicial da Comarca de Beja, para serem sujeitos a primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação, mas acabaram somente por ser identificados.

Em causa esteve a falta de advogados oficiosos para os representar, uma vez que decorria no antigo Edifício do Governo Civil, a instrução do processo de desvio de mais de 1,4 milhões de euros da agência de Beja do Banco Santander, que envolvia 18 arguidos, muitos dos quais representados por aqueles advogados.

Depois de identificados pelo tribunal e por estarem ilegais em Portugal, os três arguidos ficaram à guarda do SEF, que os iria apresentar perante o magistrado na sexta-feira, mas a greve dos funcionários judiciais, levou ao adiamento da audição dos suspeitos, agendada para o mesmo dia da semana seguinte.

Os cidadãos marroquinos foram detidos na sequência de um roubo perpetrado junto ao Parque de Estacionamento da Avenida Miguel Fernandes, no centro da de Beja, em que os suspeitos abordaram um cidadão português e perante ameaças, roubaram a carteira, com dinheiro e documentos e o telemóvel da vítima. Após o alerta dado cerca das 03,00 horas, uma patrulha da Polícia deslocou-se ao local e pelos dados transmitidos pelo homem alvo do roubo, os agentes localizaram os três homens e procederam à sua detenção e ao transporte para a esquadra.

E foi quando se encontravam do edifício policial, que um deles partiu os vidros de uma das janelas à cabeçada. O homem sofreu ferimentos ligeiros, foi conduzido ao Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, tendo tido alta médica pouco tempo depois.

O Ministério Público (MP) de Beja viria a confirmar a detenção dos três homens pela prática de furto qualificado e permanência ilegal em território nacional, sendo que o autor da ação violenta na Esquadra está também indiciado do crime de danos.

Teixeira Correia

(jornalista)


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