Beja: AAAFortes manifesta-se contra fábricas de queima de bagaço.


Aproveitando a realização das VIII Jornadas da Olivum, membros da Associação Ambiental dos Amigos das Fortes marcaram presença em protesto contra as fábricas de queima de bagaço de azeitona.

As Jornadas da Olivum-Associação de Olivicultores e Lagares do Sul realizaram-se na manhã desta quarta-feira no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e à entrada da instituição foram colocadas tarjas contra as fábricas de bagaço de azeitona e à porta do auditório, cinco pessoas ligadas Associação Ambiental dos Amigos das Fortes (AAAFortes) exibiam cartazes de protesto.

AAAFortes emitiu um comunicado onde defende que “é urgente transformar o bagaço de azeitona em composto”, acrescentando que o anunciado investimento de mais olival a qualquer custo “sem olhar aos meios necessários que acompanhem este crescimento, está à vista de todos”.

No documento, lembram as recentes notícias de que “a capacidade estática de armazenamento das unidades de receção de bagaço de azeitona está “praticamente esgotada”, e que pode “(…) originar um verdadeiro caos ambiental ao não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona”.

Para a AAAFortes “a ausência da aceitação de uma estratégia global equilibrada para o setor agrícola e para o EFMA, pelos organismos competentes, tem provocado estes desequilíbrios estruturais, que já penalizam as comunidades e populações residenciais limítrofes, onde estão instalados os olivais e as unidades de receção dos bagaços”.

A Associação considera que “se nada for feito, situações como a da aldeia das Fortes se venham a multiplicar”, face à crescente “pressão para aumentar a capacidade de laboração das unidades industriais de extração do óleo do bagaço de azeitona, e a abertura de novas fábricas”.

A AAAFortes considera que o bagaço de azeitona visto até aqui como um resíduo “tem vindo cada vez mais a ser considerado um recurso agronómico de grande valor pelo que transformado em composto já é utilizado em algumas explorações agrícolas sustentáveis”, o que na opinião dos membros da instituição “deve ser o futuro”.

Teixeira Correia

(jornalista)


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