Beja: Mulher vai ser julgada por ter insultado juiz. Arrisca pena de prisão.


Reagiu mal a decisão do magistrado que mandou o filho para adoção e a proíbe do o ver. Interrompeu leitura do acórdão e vai agora ser julgada por Tribunal Coletivo, arriscando pena superior a cinco anos de prisão.

Uma mulher de 32 anos, solteira, residente em Pedrogão do Alentejo, concelho de Vidigueira, vai ser julgada por um no Juízo Central Criminal de Beja, estando acusada de um crime de perturbação de funcionamento de órgão constitucional, tendo invetivado um juiz durante a leitura de um acórdão, que acabou por ser interrompido.

O caso remonta a 12 de julho de 2017, no Juízo de Menores e Família da Comarca de Beja, em Ferreira do Alentejo, quando o magistrado Pedro Gouveia procedia à leitura do acórdão no âmbito de processo promoção e proteção e promoção de um menor, filho da arguida.

O juiz decidiu-se pela aplicação da medida de acolhimento visando a adoção e foi na altura em que comunicou que os pais biológicos estavam impedidos de visitar o filho, que a mulher se revoltou contra a decisão anunciada.

De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público de Beja, através da Procuradoria Genérica de Ferreira do Alentejo, a mulher levantou-se e aos gritos interrompeu a leitura do acórdão, acusando o juiz de “você não é pai. Não é pai. Não presta. Roubaram-me o meu filho”.

Como testemunhas de acusação, estão designados o juiz Pedro Gouveia e o Procurador da República, Fernando Guerra, tendo sido anexada como prova documental, o suporte fonográfico da diligência de 12 de julho de 2017, quando se registou a desordem no interior do tribunal de Ferreira do Alentejo.

A mulher vai ser julgada por um Tribunal Coletivo, arriscando uma pena de prisão superior a cinco anos.

Teixeira correia

(jornalista)


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