Beja: Parque Fluvial Cinco Reis vai custar 450 mil euros. Assinado contrato com o Turismo.
O Parque Fluvial Cinco Reis vai custar 450 mil euros, um investimento do Turismo de Portugal, responsável pelo financiamento de 318 mil euros e a Câmara de Beja e EDIA, que suportam 132 mil euros.
A Câmara Municipal de Beja, a Secretaria de Estado do Turismo e a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) assinaram na manhã desta segunda-feira no Salão Nobre da autarquia bejense, o contrato de financiamento apresentada no âmbito do Programa Valorizar, através da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, que permitirá construir o Parque Fluvial Cinco Reis.
A infraestrutura será criada na albufeira, com o mesmo nome, localizada a 4 quilómetros de Beja, no centro geográfico do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e terá um investimento de 450 mil euros.
Num valor elegível de 354 mil euros o Turismo de Portugal financia o projeto em 90%, sendo os restantes 132 mil euros suportados entre o Município de Beja e a EDIA. A União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista, de Beja, presidida por Jorge Parente, será a terceira ponta do vértice, a quem competirá assegurar a manutenção do espaço, que a edilidade acredita poder estar concluído em 2019.
O Parque Fluvial terá um perímetro de 6 quilómetros, uma área de 47 hectares e um espelho de água de 1.4 milhões de metros cúbicos, tendo como “vizinho” a importante Villa Romana de Pisões, que dista um quilómetro deste local.
“Não estamos a inventar nada, mas também não é fazer mais uma praia ou um parque. É algo diferente”, justificou o presidente da Câmara de Beja, antes do ato de assinatura do contrato. Paulo Arsénio revelou que este “não é um projeto da câmara, nem sequer figurava no nosso programa eleitoral. Resulta de uma parceria de gente que não trabalha fechada”, concluiu. O autarca acredita que este projeto “vai potenciar o aumento médio de dormidas por noite no concelho de Beja e que possa passar de 1,8 para 2,9 %”, rematou.
Paulo Arsénio sustentou que o Parque Fluvial assentará em cinco eixos orientadores: “serão cinco ERRÉS decisivos. Recreio, Repouso, Restauração, Ruralidade e Redescoberta”, sintetizando que o mesmo será “inovador e ambientalmente sustentável”, concluiu.
Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo, recordou que o Alentejo cresceu 20% em proveitos, o que significou a maior subida em Portugal, enalteceu a importância do Programa Valorizar para o interior e deixou um pedido ao Primeiro-ministro: “este projeto não pode parar em junho, tem que continuar. É preciso aproveitar a valorização do Interior”, justificou.
Por seu turno a secretária de Estado do Turismo, começou por recordar os valores que o turismo registo em 2017, que o contribuiu “de forma muito importante para o recorde histórico de baixa do desemprego de 17% em 2014, para os atuais 7,9%”.
Sobre a importância do projeto a ser criado em Beja e a sua importância para valorização da região, Ana Mendes Godinho, justificou que “o turista procura o que é autêntico e genuíno. É um luxo estar no Alentejo”, rematou.
Sobre o Programa Valorizar, a governante revelou que este tem um orçamento de 60 milhões de euros e que o mesmo “é um sucesso que está a criar um problema de gestão, acrescentando que o mesmo recebeu 600 candidaturas, 318 das quais foram aprovadas, num orçamento de 75,4 milhões de euros.
Teixeira Correia
(jornalista)