Beja: Primeiro tuk-tuk pronto para circular pelas ruas da cidade.
O primeiro tuk-tuk, batizado de “táxi das travessas”, pronto a mostrar a cidade. Paulo Alves, o empresário bejense, acredita no sucesso do projeto.
Recebeu a viatura nos primeiros dias de março, antes de rebentar a pandemia do covid-19 e este teve que ficar guardado dois meses num parque de estacionamento subterrâneo propriedade da Câmara de Beja, onde adquiriu um lugar de parqueamento.
Com o desconfinamento, Paulo Alves decorou o “Tuk Forever”, deu as primeiras voltas pela cidade e aguarda o licenciamento autárquico, que estará por horas, para começar a transportar passageiros pela velhinha “Pax-Júlia” (já esta quinta-feira, o Lidador Notícias apurou que a Câmara Municipal de Beja já emitiu o licenciamento do veículo para este começar a operar e como apoio ao investimento, isentou o empresário do pagamento, até 30 de setembro, no lugar no Parque de Estacionamento Subterrâneo da Avenida Miguel Fernandes).
Quando viu os primeiros veículos em Sintra prometeu a si próprio: “é este táxi das travessas que vou levar para Beja”, contou ao Lidador Notícias (LN), o bejense de 56 anos, conhecido como “Papin”, pela admiração que sempre teve pelo ex-futebolista francês.
A situação de desempregado levou-o a arriscar no sonho e há cinco anos apresentou o projeto a um banco, que não aprovou a operação, mas não desistiu. O ano passado voltou à carga e através de uma empresa da especialidade, voltou a apresentar a candidatura que foi aceite. “No final do ano passado, recebi a boa notícia. É um investimento global de 13.000 euros, que acredito vou rentabilizar”, justifica.
Paul Alves já tem uma ideia de como vai gerir a atividade. Junto ao Castelo, onde está instalado o Posto de Turismo, será o principal local de paragem do tuk-tuk e como vai fazer os giros: “uma volta pela zona histórica, que também abarcar a área limítrofe, menos conhecida, custará dez euros por adulto e cinco euros para crianças até aos 10 anos”, justificando que a viatura tem lugar para quatro pessoas.
O antigo funcionário administrativo acredita no sucesso do seu investimento. “O facto de ser um filho da terra, permite-me conhecer muito bem a cidade e mostrar a mesma aos turistas”, justificando que “não há concorrência com os táxis. Eu na minha e eles na deles”, resumiu.
Teixeira Correia
(jornalista)