Bombeiros: Esclarecem que “socorro às populações nunca será posto em causa”.
Porque surgiram interpretações sobre a notícia de que “Bombeiros do distrito de Beja deixam de transportar doentes com COVID-19”, os comandantes das corporações esclarecem que o socorro às populações nunca será posto em causa.
Apoiada pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja (FBDB), os comandantes das 15 corporações de bombeiros do distrito de Beja, assinaram e dar a conhecer ontem um documento onde afirmavam sentir-se alvo de grande “desconsideração, desinformação e desrespeito pelos principais agentes de proteção civil”, tomaram uma posição de força contra as entidades tuteladas pelo Ministério da Saúde e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Porque surgiram interpretações que podem ter provocado algumas interpretações que não correspondem ao espírito do documento e terem induzido a sociedade em pressupostos, a FBDB emitiu um esclarecimento (Esclarecimento Federação e Comandantes Bombeiros) recordando o ponto 1 da deliberação onde foi assumido que: “Por uma questão de racionalização dos EPI à sua disposição, garantir apenas o socorro pré-hospitalar nas condições protocoladas com o INEM, recusando todo e qualquer outro transporte de utentes / doentes relacionados com a infeção COVID-19”.
No documento é esclarecido que “o único fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que compõem a proteção básica de controlo de infeção (PBCI) coube à ANEPC”, tendo as corporações recebido, 1610 máscaras cirúrgicas, 300 proteções oculares, 390 batas impermeáveis e 3600 luvas, material que dadas as racionalizações e as emergências pré-hospitalares, colocariam as corporações em risco de “não conseguirmos dar resposta ao socorro”, justificam.
As muitas solicitações de transportes de doentes e a falta de fornecimento de EPI’s e enquanto não forem fornecidos o número de equipamentos suficientes, “foi dada primazia a todo o socorro pré-hospitalar à nossa população, em detrimento do transporte de doentes não urgentes, e onde se incluem os casos suspeitos ou positivos de COVID-19, internados nas unidades de saúde ou seja os chamados retornos”, rematam.
Desejando regressar à normalidade os comandantes dos Corpos de Bombeiros reafirmam que “o socorro às populações nunca será posto em causa”, justificam.
Teixeira Correia
(jornalista)