Teve hoje início o alargamento do processo de vacinação aos utentes dos Centros de Saúde de onze dos treze concelhos do distrito de Beja da área de atuação da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
De acordo com as determinações a Direção-Geral de Saúde (DGS) vão ser vacinadas as pessoas com idade igual ou superior a 50 anos com doenças patológicas definidas pela DGS e pessoas com 80 ou mais anos.
De acordo com uma comunicação da ULSBA, trata-se de dar continuidade à implementação da Fase 1 do plano de vacinação contra a covid-19, determinado pela Coordenação Nacional do Processo de Vacinação, a apelidada “task-force das vacinas”.
Com exceção de Odemira que pertence à Unidade de Saúde do Litoral Alentejo, do Município de Alvito onde tem início amanhã e de Aljustrel onde no passado dia 17 de fevereiro foram administradas vacinas a 444 utentes do Centro de Saúde local, nos restantes onze municípios a vacinação teve início esta quarta-feira.
Por ser o concelho com maior densidade populacional, no Município de Beja a vacinação decorrer no Pavilhão Desportivo João Magalhães, que a autarquia preparou para o efeito, onde funcionam 4 postos de vacinação com uma capacidade diária de vacinação de 425 utentes e, um posto de primeiros socorros, estando prevista que sejam inoculados cerca de 4.300 munícipes.
Após a toma da vacina, Manuel Galrito, 95 anos, utente do Centro de Apoio do Lar da Fundação Joaquim Honório Raposo, em Salvada (Beja), referiu que “sinto-me bem. É importante a vacinação, agora vamos esperar pelo resultado”, e quando questionado se a pandemia mexeu com a sua vida, atirou: “todos os dias pegava no carro e ia para o campo, depois passei a ficar fechado em casa”, resumiu.
Habituado ao contato diário com muitas pessoas, Francisco do Couto Quirino, empresário do setor livreiro e papelaria, justificou que “a pandemia foi péssima para o negócio”, acrescentando que como cidadão reconhece que “a vacinação é necessária e importante. Sinto-me muito bem depois da toma”, rematando que o ficar em casa tem duas facetas: “por um lado evita os contágios, mas por outro é mau para todos os sentidos. Sinto-me um prisioneiro”, rematou.
José Catarino, o enfermeiro responsável pelo Centro de Vacinação de Beja referiu que temos “onze funcionários da ULSBA envolvidos no processo. Nove enfermeiros, um médico e um auxiliar que ajuda no processo burocrático, além de funcionários dca autarquia na receção e saída de doentes”, justificou.
Sobre o número de pessoas a vacinar, o enfermeiro revelou que “estamos dependentes das vacinas que são entregues. Segunda-feira vamos ser informados de quantas vacinas chegam para fazer o planeamento da semana”, acrescentando que a convocatória das pessoas a inocular “é feito por contato direto por telefone para os mais idosos e os mais novos por SMS. Todos têm que confirmar o desejo de receber a vacina”, concluiu.
A ULSBA revelou a capacidade diária de vacinação em cada Município: Almodôvar (150 utentes), Alvito (75 utentes), Barrancos (75 utentes), Beja (425 utentes), Castro Verde (150 utentes), Cuba (100 utentes), Ferreira do Alentejo (150 utentes), Mértola (150 utentes), Moura (300 utentes), Ourique (150 utentes), Serpa (200 utentes) e Vidigueira (75 utentes), sempre dependente da disponibilidade de vacinas.
Entretanto no parque de estacionamento do Instituto Politécnico de Beja, vai começar a funcionar um centro de testagem móvel da responsabilidade da Unilabs. O centro vai funcionar durante os próximos quinze dias às terças e quintas-feiras, podendo também receber pessoas que queiram fazer testes a título particular.
Teixeira Correia
(jornalista)