Covid-19: Recolhidas máscaras reutilizáveis fornecidas aos hospitais de Évora e Beja.
As máscaras cirúrgicas reutilizáveis fornecidas aos profissionais dos hospitais de Évora e de Beja que combatem a pandemia da Covid-19 vão ser recolhidas e devolvidas ao fornecedor, revelou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
“Fomos surpreendidos ontem [segunda-feira] pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, que nos enviou um ofício a dizer que tinha dado ordens para a retirada daquele equipamento”, afirmou Edgar Santos, dirigente no Alentejo do SEP, em declarações à agência Lusa.
Na semana passada, o SEP tinha manifestado dúvidas sobre a adequação das máscaras cirúrgicas reutilizáveis, tendo enviado pedidos de informação urgente à ARS do Alentejo e aos conselhos de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora e da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, que gere o hospital de Beja.
Hoje, o sindicalista congratulou-se com a recolha das máscaras pelas autoridades, mas sublinhou que o SEP vai “estar atento para verificar se a orientação da ARS do Alentejo está a ser cumprida no terreno”, porque “não basta colocarem no oficio”.
No ofício da ARS, divulgado pelo sindicado, pode ler-se que “devido à polémica gerada em volta das máscaras e porque nunca esteve em causa a proteção dos profissionais”, a ARS do Alentejo contactou o fornecedor, que informou que as máscaras “deveriam ser recolhidas e devolvidas”.
A ARS do Alentejo indicou no documento que “nunca foi obrigatório para nenhum profissional o uso desta tipologia de dispositivo médico existindo sempre alternativa” e que “foram sempre utilizadas de acordo com a Norma 07-DGS e garantidas as condições para o seu reprocessamento, definidas pelo fabricante”.