Ferreira do Alentejo: Julgado por quatro crimes de violência doméstica.


Homem agrediu mulher e três filhos e vai ser julgado por quatro crimes de violência doméstica. Saiu da cadeia procurou a mulher em Alfundão e agrediu-a em público.

O Ministério Público (MP) do Juízo de Ferreira do Alentejo, acusou um individuo, de 42 anos, cuja última residência conhecida era em Setúbal, depois de ter vivido em Alfundão, concelho de Ferreira do Alentejo, de quatro crimes de violência doméstica, perpetrados com a mulher e três dos seis filhos.

O arguido incorre ainda nas penas acessórias de proibição de contato com as vítimas e de proibição de uso e porte de arma, até um período de cinco anos e da obrigação de frequentar programas específicos de violência doméstica.

Segundo o despacho de acusação a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, em janeiro de 2014, na residência em Setúbal, Nuno O., agrediu física e verbalmente três filhos, duas raparigas e um rapaz.

Depois de ter cumprido pena de prisão, Nuno, buscou a mulher em Alfundão e pretendeu reatar a relação o que esta não aceitou, em virtude de já ter outro companheiro. O individuo ocupou a casa da mulher, acabando também por a agredir em público, no interior de um café na aldeia alentejana.

Durante os vinte e quatro anos que viveram juntos, o arguido e a mulher, nasceram seis filhos, três raparigas e três rapazes, com idades compreendidas entre os 8 e os 22 anos.

Em virtude de ser uma família altamente desestruturada, em abril de 2015, foi aplicada a título provisório, a medida de acolhimento institucional a de quatro dos filhos menos, tendo em dezembro desses mesmo ano, sido aplicada a medida de acolhimento residencial que ainda se encontra a vigorar.

Nuno O., que se encontra em liberdade, mediante termo de identidade e residência (TIR), vai ser julgado por um Tribunal Coletivo do Juízo Central Criminal de Beja, presidido pela magistrada Ana Batista, arriscando uma pena que pode ultrapassar os 10 anos de prisão.

Por considerar que a presença do arguido inibirá as vítimas de dizerem a verdade, a Procuradora do MP de Ferreira do Alentejo, requereu o afastamento daquele da sala de audiência enquanto as testemunhas prestarem depoimentos, por serem especialmente vulneráveis.

Teixeira Correia

(jornalista)


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