Grândola: Fábrica aeronáutica começa a funcionar em outubro.
A multinacional francesa Lauak deverá iniciar a fabricação de componentes para a indústria aeronáutica na unidade de Grândola (Setúbal) em outubro.
“Agora vamos começar a qualificação dos processos com os nossos clientes, a aeronáutica não pode fabricar uma peça se eu não tiver qualificado. Vamos começar com a Airbus, Dassault e penso que vamos ter no mês de outubro fabricações que saem já de Grândola”, disse, ontem, à agência Lusa o presidente da empresa em Portugal, Armando Gomes..
A unidade fabril de Grândola conta com um investimento de 32 milhões de euros, criando cerca de 275 postos de trabalho até 2023, sendo “objetivo” da empresa acolher cerca de 600 trabalhadores no futuro (após 2023).
Armando Gomes, que falava à margem do painel “Atração de investimentos estrangeiros no setor aeroespacial”, integrado no primeiro dia da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que decorre no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Portalegre) até domingo, acrescentou ainda que “está quase terminada” a fase das obras de construção da unidade fabril de Grândola.
“A construção está quase terminada, já há máquinas que entraram, já fizemos a qualificação ao nÃvel aeronáutico do local, já somos ENO 1100”, revelou.
A fábrica de Grândola vai ter três linhas autónomas de produção, sendo a primeira vocacionada para a produção de peças destinadas ao avião A320 da Airbus, estando também previsto posteriormente o fornecimento de componentes para o modelo A330 e o Falcon.
A Lauak, que já tem uma unidade de produção em Setúbal, vai produzir a partir de Grândola materiais compósitos e portas de bagageira de carga para a Airbus.