Mértola: “Correio de droga” apanhada com 6 quilos de haxixe.


Atualização: Prisão preventiva para a cidadã espanhola, residente em Huelva, apanhada em Mértola com 6 quilos de haxixe. Foi conduzida para o Estabelecimento Prisional de Tires.

Um incidente de recusa da tradutora, suscitado pelo advogado de defesa, levou a que o Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Beja, adiasse por algumas horas a audição de uma mulher detida, em Mértola, por tráfico de estupefacientes, que foi apanhada com mais de 6 quilos de haxixe.

O magistrado deferiu a pretensão do advogado, baseado no facto da tradutora ser militar da GNR, força de segurança que procedeu à detenção da suspeita, situação que no entender do causídico poderia interferir na tradução das palavras da detida.

A mulher, de 36 anos, de nacionalidade espanhola, residente em Huelva, foi detida na segunda-feira, cerca das 13,00 horas, por militares do posto de Mértola da GNR, durante um patrulhamento de rotina, que estava a ser efetuado na Estrada Municipal 122, na entrada sul da vila.

A mulher, “um correio de droga”, fazia-se transportar numa viatura Audi TT, de matrícula espanhola, chamou a atenção dos militares depois de ter atravessado a ponte sobre o Rio Oeiras, no sentido sul/norte, quando procedia de Espanha, via fronteira de Ayamonte/ Vila Real de Santo António.

Após ser mandada parar, a mulher demonstrou um comportamento suspeito, o que levou os militares a procederam a uma revista à viatura, tendo encontrado na mala vários sacos destinados ao transporte de lixo, com 12.300 doses de haxixe.

Além da droga, foi apreendida a viatura e um telemóvel, tendo depois a mulher sido inquirida pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Almodôvar, tendo pernoitado nas celas do posto de Ourique. 

Um dos pormenor que apontam a mulher como um “correio de droga” que deveria ter um “batedor”, uma vez que não lhe foi apanhado qualquer quantidade de dinheiro, o que deixa transparecer que circulava “acompanhada”.

Presente ao juiz e face ao incidente de recusa, a audição foi suspensa até à nomeação de um novo tradutor, tendo a detida sido conduzida para as instalações da GNR (foto da arguida com militares da GNR) até ao recomeço da inquirição, não sendo conhecidas as medidas de coação aplicadas.

Teixeira Correia

(jornalista)

 


Share This Post On
468x60.jpg