Tinham profissões liberais, mas dedicavam-se ao culto e venda de cannabis, tendo sido apanhados com mais de 18 quilos de estupefacientes.
Ele tinha como profissão artista e ela esteticista, mas quando foram detidos na manhã do dia 18 de novembro de 2019, no Monte Brunhita da Parreira, na freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, tinham 18.314,7 quilos de cannabis, camuflados em diversos espaços da propriedade.
O casal, ele de 61 anos, natural de Massarelos, Porto, e ela, de 54 anos, do Ramalhal, Torres Vedras, responde por um crime de tráfico de estupefacientes, punido com uma pena de prisão de 4 a 12 anos, enquanto o indivíduo, que está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, responde por também por um crime de detenção de arma proibida.
No dia da detenção além da cannabis espalhada por diversas divisões da habitação, estufa e nos terrenos da propriedade, a GNR apreendeu no quarto do arguido uma caçadeira, de calibre 16 e 46 cartuchos e ainda um bloco de apontamentos onde estavam anotadas todas as quantidades de plantas de cannabis espalhadas elos vários locais e os respetivos valores monetários e um envelope com 850 euros em notas de 50 euros.
Os militares da GNR seguiam o duo desde abril do ano passado, altura em que foi feita a plantação, tendo também “assistido” à colheita, que viria a ser apreendida nas buscas, já devidamente ensacada para venda.
De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público de Odemira, a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, todo o estupefaciente cultivado era vendido a consumidores a preços que variavam entre os 50 e os 100 euros, em saco com 10/12 gramas.
Os arguidos remeteram-se ao silêncio durante a primeira sessão do julgamento que teve ontem início no Juízo Central Criminal de Beja perante um Tribunal Coletivo e das testemunhas de acusação arroladas pelo MP, a maioria são consumidores.
Teixeira Correia
(jornalista)