Odemira: Julgado pelo homicídio, à paulada, de vizinho. Vítima agredida com poste de 2 metros.


Um homem de 53 anos, está a ser julgado no Tribunal de Beja, pelo homicídio de um vizinho à paulada, factos ocorridos em maio do ano passado, no Sítio de Pegões do Meio, lugar da Delfeira, São Teotónio (Odemira).

odemira-gnr-armas_800x800António Duarte, está a ser julgado pelos crimes de homicídio, danos e detenção de arma proibida, arriscando uma pena de 16 anos de prisão. O arguido confirmou que agrediu a vítima na cabeça, à paulada, mas que o fez “de frente, não pelas costas”, desvalorizando que “o possa ter atingido na cabeça”, sustentou.

António Domingues, 46 anos, foi atingido com um poste de madeira de vedação, com cerca de 2 metros, que lhe causaram graves lesões na base do crânio, que rachou e afundou, e que dias depois lhe provocariam a morte, já internado no Hospital Garcia da Orta, em Almada.

Tudo começou na madrugada de 3 de fevereiro de 2015, cerca das 01,35 horas, quando o arguido procurou a vítima em sua casa, ameaçando que o matava, e munido de uma caçadeira, com que fez vários disparos, dois dos quais atingiram a porta, que posteriormente tentou arrombar, o que não logrou conseguir.

Uma queixa de António Domingues levou a que a GNR, munida de um mandado de busca, tivesse detido António Duarte e apreendesse duas caçadeiras, uma de canos sobrepostos e outra de canos laterais e 16 cartuchos de calibre 12 mm (na foto).

Em 14 de maio, dias após a apreensão, a vítima deslocou-se com um amigo ao monte do arguido e foi nessa altura que este o atacou pelas costas, provocando-lhe graves lesões cranianas. O homem foi levado para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, mas dada a gravidade do seu estado foi transferido para o Hospital Garcia de Orta, onde chegou a ser operado, mas acabando por morrer oito dias após as agressões.

Perante o Coletivo de Juízes, o arguido, que está em liberdade mediante termo de identidade e residência (TIR), contou uma história “inverosímil” de dívidas à sua pessoa, derivada de empréstimos e vendas de bens, por parte da vítima, uma cunhada e um outro indivíduo, que vivia junto destes.

António Duarte descreveu que o mesmo era procedente do Norte e que estava pela zona, por envolvimento num caso de violação de uma criança e que depois de condenado, acabou por morrer numa cadeia em Lisboa.

Teixeira Correia

(jornalista)


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