Odemira: Quercus liberta mil peixes em perigo de extinção.
Esta quarta-feira a Quercus procede à libertação, no meio natural, de cerca de mil peixes autóctones reproduzidos em cativeiro, numa ação que vai decorrer na ribeira do Torgal, em Santa Luzia, Odemira.
Os peixes a libertar pertencem à s espécies Iberochondrostoma almacai (Boga-do-sudoeste) e Squalius torgalensis (Escalo-do-Mira), espécies em perigo de extinção, e foram reproduzidos no Posto AquÃcola de Campelo, em Figueiró dos Vinhos.
A libertação de peixes ameaçados de extinção surge no âmbito do projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”, dinamizado pela Quercus, pelo Aquário Vasco da Gama, pelo MARE-ISPA e pela Faculdade de Medicina Veterinária, em parceria com a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos.
O projeto está em curso desde 2008, com o objetivo reproduzir e manter populações ex situ (ou seja, longe do seu sÃtio de origem) de algumas das espécies de peixes de água doce mais ameaçadas no nosso paÃs.
Foi, em 2019, selecionado como projeto vencedor da iniciativa «Compensação Carbónica» da CTT Expresso, tendo sido igualmente um dos projetos selecionados e apoiados pelo Fundo Ambiental, no âmbito da candidatura ao Aviso «Conservação da Natureza e da Biodiversidade – Melhoria do conhecimento e do estado de conservação do património natural e da biodiversidade do paÃs».
No âmbito do projeto «Conservação ex situ de organismos fluviais», a reprodução de peixes em cativeiro é desenvolvida no Posto AquÃcola de Campelo, estrutura disponibilizada pelo MunicÃpio de Figueiró dos Vinhos e gerida pela Quercus, no âmbito de uma parceria estabelecida, e em instalações do Aquário Vasco da Gama, situado em Oeiras.
No final do processo de reprodução e ambientação em cativeiro, os repovoamentos de peixes são efetuados em troços dos rios de origem (dos indivÃduos inicialmente capturados para reprodutores) que apresentem caracterÃsticas favoráveis à sobrevivência e reprodução dos peixes.
Sempre que possÃvel, estes troços encontram-se associados a projetos de recuperação de linhas de água, envolvendo cidadãos e entidades que localmente efetuam uma monitorização mais ou menos formal destas bacias hidrográficas.
Apesar do Estado de Emergência que se vive atualmente em Portugal, a Quercus decidiu manter esta ação de repovoamento, já prevista antes do inÃcio da pandemia de Covid-19, uma vez que considera ser «da maior urgência realizar a libertação dos peixes, devido a obras de requalificação que vão acontecer no Posto AquÃcola de Campelo, estrutura de onde provêm os peixes a libertar amanhã«.
Não sendo possÃvel realizar, como tem sido habitual, uma ação pública de sensibilização nesta ocasião, a Quercus decidiu, como forma de minimizar os riscos associados, reservar a presença na ação a técnicos e voluntários envolvidos no projeto, que tomarão as medidas necessárias ao nÃvel da segurança e higiene.
A ação de libertação de peixes vai decorrer no Pego das Pias, ribeira do Torgal, em Santa Luzia, Odemira.
NotÃcia: Sul Informação