Ourique: Heliporto sem helicóptero de combate a fogos florestais.


O Nível II Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais teve início do dia 15 de maio, mas o Centro de Meios Aéreos de Ourique continua sem helicóptero de combate a fogos florestais.

No heliporto do Centro de Meios Aéreos (CMO) de Ourique, distrito de Beja, estão dezasseis militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, as viaturas de primeira intervenção, o telefonista dos bombeiros, mas não está o principal, o helicóptero de combate aos incêndios rurais.

Segundo a Diretiva Operacional do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no CMO de Ourique deveria estar desde o passado dia 15 de maio, mas até à presente data tal não se verificou. De acordo com o documento, o helicóptero deviam estar em Ourique desde 15 de maio até 31 de outubro, quando terminam as diversas fases do DECIR.

Sendo as explicações prestadas ao Lidador Notícias (LN), muito divergentes, as razões que estão na origem da falta da aeronave. O presidente da Câmara de Ourique oficiou os Ministérios da Administração Interna e da Defesa, tendo a secretária de Estado da Proteção Civil, justifica ao autarca que as razões se pendiam com “a providência cautelar sobre o concurso a decorrer no Tribunal de Loulé e ultrapassada esta fase processual aguardavam o visto do Tribunal de Contas”, garantiu Marcelo Guerreiro.

Ainda de acordo com o autarca de Ourique o comandante do CDOS de Beja, “garantiu-me esta quinta-feira que os constrangimentos estavam ultrapassados e que a aeronave pode chegar a todo o momento”, não tendo sido assegurada uma data em concreto.

Por seu turno, a assessoria de imprensa do MAI justificou que “os meios estão disponíveis segundo o programado, mas que os responsáveis da Proteção Civil decidiram colocar o meio aéreo noutro local”, asseguraram.

A Divisão de Comunicação da GNR, confirmou a presença dos militares no CMA “integrados no Posto de Intervenção de Proteção e Socorro (PIPS)” e que âmbito do DECIR, desempenham, “para além das missões helitransportadas, ações de sensibilização, monitorização, sinalização e fiscalização, vigilância e supressão terrestre”. Quando colocada a questão se pela falta do meio aéreo os militares “estão afetos ao PIPS de Ourique e encontram-se colocados nessa subunidade e não em Lisboa”, concluíram.

O LN colocou diversas questões ao comandante Distrital de Operações de Socorro de Beja, Tenente-coronel Vítor Cabrita, que na manhã desta sexta-feira respondeu justificando que “um conjunto de sete aeronaves (lote) das quais o helicóptero destinado ao CMA de Ourique, faz parte, foi alvo de uma providência cautelar, por uma das empresas concorrentes, tendo já sido  levantado o efeito suspensivo que pendia sobre o contrato desses 07 helicópteros. Também já foi obtido o visto do Tribunal de Contas, aguardando-se  a consequente receção das aeronaves e documentação associada por parte da Força Aérea, o que pode vir a acontecer dentro de dias”, quanto ao prazo em que a aeronave será sera alocada ao CAM, o oficial referiu que “aguarda-se a todo o momento a chegada da aeronave ao CMA de Ourique”, concluiu.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg