Ovibeja: Passos Coelho acusa Governo de “assalto” ao Banco de Portugal.
Pedro Passos Coelho, líder do PSD, visitou a Ovibeja e acusou o Governo se prepara para se apoderar das reservas do Banco de Portugal.
Pedro Passos Coelho esteve esta tarde na Ovibeja e falou sobre os números do desemprego e o relatório do grupo de trabalho do PS e Bloco de Esquerda sobre a sustentabilidade da dívida pública, sustentando que “o Governo se prepara para se apoderar das reservas do Banco de Portugal”.
O líder do PSD começou por dizer que “apetecia-me dizer muita coisa”, quando confrontado com o relatório hoje publicado, acrescentando que depois de muitos anos o BE e muitas vozes do PS, a insistirem que era indispensável reestruturar a dívida “se as pessoas ainda pensam isso a conversa acabou e meteram a viola no saco”, justificou.
Quanto ao abandono da reestruturação da dívida por parte do Governo, Passos Coelho considerou o facto como “muito positivo”, que deixa a sugestão de estender os prazos e deixar em aberto o perdão da divida, situação que para o ex-Primeiro-ministro “não tem grande viabilidade por isso o governo não o escreveu no relatório”, rematou.
“Adorava que tivéssemos uma divida mais baixa e a dívida não fui eu que a fiz”, justificando que houve empréstimo “de quase 80 mil milhões de euros contraídos pelo Governo anterior ao meu”. O líder do PSD lamentou que o Governo “tenha abrandado esse calendário de pagamento ao FMI” acrescentando que “é perigoso o que o Governo se prepara para fazer”, acusado o Executivo de António Costa de se preparar para “deitar a mão às reservas do Banco de Portugal. Isso é claro como medida extraordinária mexer nos números do défice”, rematou.
Quando questionado sobre os números do desemprego hoje revelados pelo INE que dão a taxa de desemprego em 9,9%, Passos Coelho afirmou que este “tem baixado todos os meses”, justificando que “em grande medida se deve à criação de emprego com mais garantias e menos precariedade, face às reformas estruturais feitas pelo meu Governo”.
O ex-Primeiro-ministro assegurou que “a reforma laboral não foi feita contra ninguém, mas porque era necessária”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)