Castro e Brito: Presidente da República no funeral. Marcelo confortou os filhos.


Presidente da República, esteve no funeral de Castro e Brito e considerou a morte do agricultor e do amigo, como “perda irreparável”. Marcelo Rebelo de Sousa vai estar na Ovibeja para “homenagear o homem que a colocou como uma realidade de prestígio nacional e internacional”.

PR e FILHOS CB_800x800A vontade manifestada à família de Manuel Castro e Brito, organizador da Ovibeja, falecido ontem, vítima de doença súbita, levou a que a cerimónia fúnebre fosse atrasada cerca de duas para que o Presidente da República estivesse hoje em Beja na “despedida” do agricultor, do amigo e do seu mandatário distrital nas eleições em que Marcelo Rebelo de Sousa se tornou no mais alto magistrado da Nação.

Sem grandes medidas de segurança e de forma discreta, como vem sendo seu apanágio, o Presidente da República chegou à Igreja do Carmo, às 11,10 horas, minutos antes de ter início a missa fúnebre de corpo presente.

À chegada Marcelo Rebelo de Sousa beijou e abraçou os filhos de Castro e Brito, Manuel e Luísa, e com eles partilhou a dor da perda do pai e do amigo.

Após a missa, Marcelo deixou o local e sem avisar dirigiu-se ao Cemitério de Beja, onde como mais um cidadão comum, aguardou a chegada do cortejo fúnebre de Castro e Brito.

Numa curta declaração à porta do cemitério, o Presidente da República justificou que o desaparecimento do agricultor e organizador da Ovibeja “é uma perda largamente irreparável. Ninguém é insubstituível. Tratava-se de uma personalidade invulgar na luta pela agricultura e pelos agricultores”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou a pessoa de Castro e Brito: “pela sua maneira, a sua generosidade, o seu dinamismo, a sua capacidade de abraçar tudo e todos, justifica esta presença impressionante de pessoas, tão variadas que ultrapassam Beja e o Alentejo”, justificando tratar-se do maior elogio que se poderia tributar.

Quando questionado pelo Lidador Notícias (LN), se iria marcar presença na Ovibeja, que se realiza entre 21 e 25 de abril, o Presidente da República, revelou que “vou estar para homenagear Castro e Brito. Já tencionava vir e agora ainda mais”, acrescentando que espera que seja “um momento para uma grande homenagem para quem fez a Ovibeja e a colocou como uma realidade de prestígio nacional e internacional”, rematou.

Após a urna de  Castro e Brito ter descido à terra, Marcelo Rebelo de Sousa, despediu-se da viúva e dos filhos e no meio de um respeitoso silêncio, o Presidente da República rumou a Lisboa.

Na missa e nas cerimónias fúnebres estiveram também, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, os deputados eleitos por Beja, Pedro do Carmo (PS) e Nilza de Sena (PSD), Luís Mira (CAP) e muitos presidentes de câmara do distrito de Beja.

Manuel Castro e Brito, 65 anos, agricultor e presidente da direção da ACOS-Agricultores do Sul, e o mentor da Ovibeja, morreu na madrugada de ontem na sua casa em Baleizão, concelho de Beja, vítima de doença súbita.

No socorro estiveram os bombeiros de Beja e os operacionais da VMER do Hospital da cidade alentejana, que apesar dos esforços e das manobras de reanimação durante duas horas, não conseguiram reverter o quadro clínico de Castro e Brito, tendo óbito sido declarado no local cerca das 03,30 horas.

Teixeira Correia

(jornalista)


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